As estações deste ano não foram nada características e pode-se esperar uma primavera com “cara” de verão. O inverno, que foi marcado por temperaturas altas na maior parte do tempo, deu espaço para a primavera, que já chegou com um calor intenso. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), durante a última semana, onze estados do Brasil e o Distrito Federal emitiram alertas para calor extremo com risco à vida humana.
Com o calor intenso, a saúde da população é afetada pois aumentam os riscos de derrame, crise renal e infarto. O termo popular “morrer de calor” ganha uma conotação mais realista nestes dias extremamente quentes.
Danos à saúde
Segundo estudo realizado pelo Canadian Journal of Cardiology, o aquecimento global é responsável pelo aumento do risco de incidentes cardiovasculares, como infarto e pressão alta, durante os períodos mais quentes do ano, especialmente para adultos com diagnóstico pré-existente.
Segundo a revista científica The Lancet, em estudo realizado em vários países, cerca de 7,7% das mortes mundiais são causadas pelas oscilações térmicas. Dentre elas, pode-se citar a desidratação, doenças infecciosas, doenças respiratórias, problemas renais, além de infarto e derrame por conta da perda de água que aumenta o risco de AVC.
Calor intenso pode causar muitos danos à saúde. (Foto: reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Temperatura elevada
Nas regiões metropolitanas brasileiras, entre os anos de 2000 e 2008, cerca de 48 mil pessoas perderam a vida por conta das altas temperaturas, quase 24 vezes mais do que morte causadas por chuvas fortes no mesmo período.
O calor está tão extremo que, na última segunda-feira (18), o bairro de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, marcou temperaturas mais elevadas que o Vale da Morte, na Califórnia (EUA), considerado o local mais quente do mundo.
Foto destaque: Calor intenso aumenta risco de doenças. Reprodução/BBC/Getty Images