Campanha de Bolsonaro para a reeleição se mostra desanimada, há poucos dias da disputa

Igor Vieira Por Igor Vieira
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Integrantes da coordenação da campanha de Bolsonaro para o segundo turno estão desanimados, considerando-se as pesquisas e o pouco tempo que falta para o primeiro turno, que será no dia 2 de outubro. Esse desanimo acontece por conta da estabilidade nas intenções de voto ao atual presidente, enquanto a rejeição permanece alta, segundo as últimas pesquisas, como a Datafolha de quinta, (15).

A estabilidade surpreende negativamente a equipe de Bolsonaro, que coordenou várias ações para aumentar a popularidade do capitão, como a PEC eleitoral, que elevou temporariamente o Auxílio Brasil para 600 reais, além dos atos e manifestações no Dia da Independência, 7 de setembro, em que esperavam criar uma nova onda de popularidade para o bolsonarismo, com discursos de Bolsonaro e propagação de fotos para publicizar o evento na internet.


Pesquisa Datafolha do dia 15 de setembro. Reprodução/Twitter


Não foi o que ocorreu, como dizem as pesquisas. Elas mostram que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente com 33%. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB) tem 5% . Para contextualizar, a pesquisa anterior do Datafolha, de 9 de setembro, indicou que Lula se manteve igual. Já Bolsonaro oscilou de 34% para 33% – a diferença entre eles é de 12 pontos. Ciro oscilou de 7% para 8%. Tebet tem os mesmos 5% da semana passada, e Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 1% para 2%.

A torcida dos marqueteiros de Jair Bolsonaro agora é para que os candidatos como Ciro Gomes, Simone Tebet e Soraya Thronicke não se desgastem, já que caso aconteça, os votos válidos deles podem ir para Lula, diminuindo a chance de Bolsonaro se manter na eleição para um possível segundo turno.

Além disso, há a estratégia da equipe de moderar o discurso de Bolsonaro para conquistar mais eleitores de centro, que não concordam com o extremismo do presidente. A percepção interna, porém, é de que este não consegue se enquadrar nesse perfil, e há o temor de que na viagem internacional para a ONU, haja algum desgaste maior à campanha, seja pelo discurso do presidente, seja por perguntas de jornalistas.

Foto Destaque: Reprodução/R7

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