Faltando pouco menos de duas semanas para o segundo turno das eleições, as campanhas de Lula e Bolsonaro tem procurado pontos de desgaste para convencer o eleitor indeciso.
A campanha de Lula, por exemplo, tem se utilizado de falas do próprio Bolsonaro, como quando o candidato de extrema-direita, em entrevista ao podcast paparazzo rubro-negro, afirmou que “pintou um clima” entre ele e adolescentes venezuelanas de 14 anos, além de sugerir, sem provas, que elas estariam se prostituindo.
Outra fala do atual presidente utilizada pela propaganda petista recentemente, foi a de entrevista para o New York Times em 2016, quando Bolsonaro afirmou ter quase comido um indígena em Surucucu: “eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinha por dois, três dias e come com banana. Eu queria ver o índio sendo cozinhado. Daí o cara, se for, tem que comer! Aí eu falei, eu como! Aí da comitiva ninguém quis ir comigo.”, disse Bolsonaro, que na época era deputado federal. O TSE proibiu o PT de veicular a propaganda.
(Lula e Bolsonaro voltam a debater em três ocasiões. Foto: Marlene Bergamo/FolhaPress)
Do lado do PL, o foco é a acusação de que o PT e Lula fizeram parte de esquemas gigantescos de corrupção, o que ganha ainda mais força com o retorno de Sergio Moro à base aliada de Bolsonaro. Recentemente o presidente do TSE, Alexandre de Moraes retirou do ar uma propaganda veiculada pelo PL em que o ex-presidente Lula teria agradecido a criação da pandemia.
Segundo o ministro, a propaganda “não pode ser tolerada por esta Corte”, pois “notadamente se trata de notícia falsa, divulgada durante o segundo turno da eleição presidencial” e “se descola da realidade por meio de inverdades, fazendo uso de falas gravemente descontextualizadas do candidato Luiz Inácio Lula da Silva.”
Antes da votação do segundo turno no dia 30 de outubro, os candidatos têm três debates marcados: sexta (21) no SBT, domingo (23) na Record e sábado (28) na Globo.
Foto Destaque: Segundo turno se aproxima em meio a propaganda eleitoral e fake news. Lucas Gomes
