O cachorrinho Bingo, da raça pinscher, de apenas três meses, foi encontrado em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A família de Bingo mora em Kennedy e procurava o cachorrinho desde quinta-feira, 20, depois que ele fugiu de casa, escapando por debaixo do portão. “Bingo fugiu por volta das 16h de quinta-feira. É um cachorro muito pequeno, pouco maior do que a mão de um adulto. Ele passou por debaixo do portão de casa”, lamentou Cristiano, tutor de Bingo.
Bingo foi adotado pela família após médicos aconselharem que os pais adotassem um cachorro para ajudar na socialização do filho Matheus, de sete anos, que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo a família, Bingo foi encontrado por um morador de rua e vendido para uma família no bairro Novo Progresso. Mas uma vizinha dos compradores reconheceu o cachorrinho graças à repercussão do caso nas redes sociais, o comprou de volta, e devolveu aos donos.
Cães de assistência
Estudos realizados pela Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, revelam que crianças e adolescentes que cresceram com cachorros de estimação apresentaram um maior desenvolvimento das habilidades sociais, quando comparadas com outras crianças autistas que não cresceram com os animais. A Universidade de Montreal, Canadá, estudou os níveis de cortisol, o hormônio da ansiedade, em crianças com TEA. Normalmente, elas apresentam altos níveis de cortisol circulantes. A pesquisa consistiu em analisar os níveis do hormônio antes, durante, e depois da convivência com os cachorros. Os estudos mostraram que houve uma diminuição considerável nos níveis de ansiedade das crianças ao ter contato com os animais.
Cão de assistência em treinamento. (Reprodução/Hypeness)
Os cães de assistência, ou de suporte, também podem ser treinados para reconhecer e parar comportamentos auto-prejudiciais ou potencialmente perigosos, até cessar por completo colapsos emocionais. Ao identificar altos níveis de ansiedade, o cão encosta o focinho no tutor, o que pode ajudar a aliviar os sintomas. Em casos de crises maiores, como ataques de pânico, o cão também pode guiar o tutor para um local mais calmo, o fazer sentar, e deitar as patas nas pernas ou no peito do tutor, o que o ajuda a focar no presente e aliviar a crise.
Foto destaque: Cãozinho Bingo. Reprodução/O Tempo