“Uma situação extremamente perigosa”, diz a advertência feita pelos Estados Unidos nesta terça-feira (18) diretamente para a Ucrânia. Segundo Washington, a Rússia poderia estar planejando um ataque iminente contra a fronteira ucraniana.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, informou que os exércitos militares em conjunto entre Rússia e Belarus nesta terça-feira uma “nova abordagem dos russos, se decidirem realizar ações contra a Ucrânia”. Em caso de ataque, “nenhuma opção está excluída” pelos Estados Unidos.
No último fim de semana, os Estados Unidos já havia acusado Moscou de ter enviado à Ucrânia agentes encarregados de realizar operações de sabotagem, com o objetivo de criar um pretexto para invadir. Os alertas feitos pela Casa Branca é ligado ao lançamento de uma nova tentativa de diálogo com os Russos.
Uma reunião em Genebra, na Suíça, entre chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, e da Rússia, Serguei Lavrov, está prevista para esta sexta-feira (21). Sob anonimato, uma autoridade americana afirmou que o objetivo de Blinken é encontrar “pontos em comum” para convencer o governo russo a recuar qualquer pretensão de ataque à Ucrânia.
Chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, tem uma reunião marcada para esta sexta-feira, que pode definir o rumo da possibilidade de ataque. (Foto: EFE/EPA/Erik Simander)
O secretário de Estado americano embarcou nesta terça-feira a caminho de Kiev, em circusntâncias de soldados russos já presente na fronteira com a Ucrânia. Logo depois, Blinken seguirá para Berlim pela procura de debates limpos com a Alemanha, a França e Reino Unido sobre o assunto.
Variados países europeus demonstraram sua preocupação com um ainda suposto conflito militar, apesar de Moscou negar que haja planos premeditados para uma invasão ao país vizinho.
Na semana passada, três negociações diferentes em Genebra, Bruxelas e Viena não trouxeram resultados concretos, o que fez a Rússia, nesta terça-feira exigir “respostas concretas” da Ucrânia, antes de qualquer conflito.
Exigências russas: Otan garantir que não vai se ampliar e integrar a Ucrânia; Americanos e seus aliados desistem de fazer manobras e implantações militares na Europa do Leste.
As especulações de ataque à Ucrânia
A entrevista coletiva junto com a ministra alemã das Relações Exteriores, o chanceler russo rejeitou apelos ocidentais, que querem que Moscou comece a retirar as dezenas de milhares de tropas mobilizadas na frontreira com a Ucrânia, afirmando que esses militares “não ameaçam” ninguém.
“Mais de 100 mil soldados russos, equipamentos e tanques foram mobilizados perto da Ucrânia, sem razão. Fica difícil não ver isso como ameaça”, rebateu Baerbock.
A preocupação também é grande em relação ao grande número de russos em Belaraus para “exercícios improvisados” de preparação ao combate. O país faz fronteira com a Polônia, Lituânia e Letônia, membros da Otan e oponentes da Rússia.
Foto em destaque: Um alerta está aceso no Ocidente para o poder armamentista da Rússia. (Foto: Reprodução/Getty Images)