Nesta quinta-feira (20), foi noticiado pela Casa Branca a presença de militares iranianos na região da Crimeia, unilateralmente anexada pela Rússia, para ajudar as forças de Moscou nos ataques com drones “kamikaze” na Ucrânia.
Segundo o porta voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, os iranianos presentes na Crimeia estariam oferecendo suporte técnico enquanto os russos pilotavam os drones, do tipo Shahed-136, cujos ataques causaram danos significativos à infra-estrutura ucraniana.
“Avaliamos que havia pessoal militar iraniano no terreno na Crimeia e eles ajudaram a Rússia nessas operações”, disse Kirby, que ressaltou: “Teerã está agora diretamente envolvida no terreno e mediante o fornecimento de armas, que estão afetando os civis e a infraestrutura civil na Ucrânia“
Ainda segundo Kirby, os treinadores seriam da Guarda Revolucionária Islâmica, um ramo do Exército iraniano designado como organização terrorista pelos Estados Unidos. Os Shahed-136, que os russos chamam de Geran-2, são drones “kamikaze” apelidados pelo uso tal qual dos pilotos japoneses que atiravam seus aviões em alvos inimigos em investidas suicidas durante a Segunda Guerra Mundial. Com capacidade de esperar ao redor do alvo até que recebam a instrução para mergulhar e explodirem no impacto.
Drones durante exercício militar no Irã (Foto: Reprodução/Reuters)
O porta-voz assegura que os Estados Unidos vão buscar “todos os meios para expor, dissuadir e confrontar o fornecimento dessas munições por parte do Irã contra o povo ucraniano”.
“Vamos continuar aplicando energicamente todas as sanções dos Estados Unidos ao comércio de armas russo e iraniano”, acrescentou Kirby.
Contudo, estão longe de terem a mesma sofisticação dos equipamentos de alta tecnologia americana e seus aliados europeus despacharam há meses para ajudar o país de Volodymyr Zelensky. Onde ao menos oito pessoas foram mortas na segunda-feira em ataques russos, um dos muitos alvos foi a capital, Kiev. O Irã e a Rússia não comentaram.
Foto destaque: Ataque da Rússia a prédio em Kiev, na Ucrânia. Reprodução/REUTERS/Vladyslav Musiienko