Caso Marielle pode ser resolvido com delação de Élcio

Djanira Luz Por Djanira Luz
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Élcio Queiroz, o ex-policial militar, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, firmou nesta segunda-feira (24) uma delação premiada com a Justiça.

O acordo conferiu ao réu: evitar júri popular e poderá cumprir mais 8 anos de prisão em penitenciária estadual. Sua família contará com proteção.

Com a delação premiada, o acusado confirmou sua participação no assassinato da vereadora carioca do Psol. Élcio confessou que havia planejado matar Marielle em 2017, mas Maxweel que conduzia o veículo, desistiu da execução.


 

14 de agosto de 2018 em memória da morte da vereadora Marielle Franco (Foto: Reprodução/Instagram@marielle_franco)


 

A desconfiança de Queiroz com o motorista Maxwell Simões fez com que ele optasse pela denúncia.

A delação premiada foi negociada em conjunto, através das equipes da Polícia Federal, Polícia Penal Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro.


 

Novas informações agitam o caso Marielle Franco (Vídeo: Reprodução/YouTube/@MeteroroBrasil)

 


O que foi apurado no acordo

 

Élcio assumiu que conduzia o “Cobalt” prata usado na execução do crime, no entanto, afirmou que os disparos que levaram à morte da vereadora e do motorista foram feitos por Ronnie Lessa.

Além da suspeita de que estava sendo enganado pelo ex-policial, Élcio percebeu que o cerco sobre os autores do crime estava se fechando.

O delegado  da Polícia Federal, Jaime Cândido, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira (24) sobre a decisão do delator ter aceitado o acordo:

O convencimento do Élcio (para delatar) foi porque o Ronnie garantiu que não tinha feito pesquisa em Marielle e isso gerou uma desconfiança por parte de Élcio“.

Durante a denúncia, Élcio esclareceu a ligação de Maxwell Simões e como foi o processo do crime. A prisão do “Suel” foi favorecida com a delação de Queiroz. O ex-bombeiro foi preso durante a “Operação Élpis”, na segunda (24).

 

Mais gente envolvida e incomodada


Luzes em memória de Marielle Franco (Foto: Reprodução/Instagram/@marielle_franco)

 


Logo após a operação “Élpis”, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, disse através das redes sociais que ouviu muitos comentários agressivos, mas que não o “intimida nem desmotiva”.

Segundo o Ministro, há sinais de que outras pessoas estão envolvidas no crime. “Os fatos e as novas provas colhidas indicam isso, indicam uma forte vinculação desses homicídios, especialmente da Marielle com a atuação das milícias e do crime organizado no Rio“.

Com as denúncias feitas pelo ex-policial Élcio Queiroz, o caso Marielle Franco poderá ser finalmente esclarecido.


Foto Destaque: Élcio Queiroz em delação premiada (Reprodução: Tribunal da Justiça)

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