Caso Miguel Otávio: mãe do menino diz que Sari Corte Real deveria pegar prisão perpétua

Vinícius Ferreira Por Vinícius Ferreira
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Sari Corte Real foi condenado a oito anos e seis meses de prisão, por causa da morte do menino Miguel Otávio após a queda do 9º andar de um prédio de luxo no Recife, em 2 de junho de 2020. Mas, a condenação não agradou a mãe do menino de 5 anos, Renata Santana de Souza, de 35 anos. Na concepção da mãe, a pena deveria ter sido maior a pena sobre a ex-patroa por abandono de incapaz com resulto em morte, que foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, na terça-feira (31).

Por mim, seria prisão perpétua, mas infelizmente aqui no Brasil não tem isso. Então era para ter a pena máxima, de 12 anos”, afirmou Mirtes.

No dia que a criança faleceu ao cair do 9º andar do prédio, Miguel Otávio, tinha sido deixado pela mãe com a patroa dela, Sari Corte Real, esposa do prefeito de Tamandaré.       A mãe, que era doméstica, teve de deixar a criança para passear com os cachorros dos patrões na parte de baixo do prédio.

Na entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (1) em Recife, Mirtes reforça que seus advogados irão recorrer da sentença na justiça. Ela disse que, em sua opinião, só haverá justiça pelo seu filho morto quando Sari for presa.


Mãe de Miguel afirma que oito anos ainda é pouco pela morte de seu filho (Foto:reprodução/G1)


A gente só vai ficar satisfeito mesmo quando Sari tiver atrás das grades. Essa é a justiça que eu quero. Não só Sari condenada, mas presa. Atrás das grades, porque ela cometeu um crime. Então ela não é diferente, ela tem que ficar também”, declarou Mirtes.

A patroa havia sido presa em flagrante na época pela morte de Miguel por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar. Porém, Sari foi solta ao pagar uma fiança de R$ 20 mil. Mesmo após ser condenada, ela continua solta, já que foi determinado pela justiça que ela poderá recorrer em liberdade. 

 

Foto destaque: Sari Corte Real ainda está em liberdade apesar da condenação de 8 anos e seis meses de prisão (reprodução/Catracalivre)

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