Anos após acontecimento Brumadinho apresenta precariedade na saúde.
Barragem da Vale no Córrego do Feijão anunciou quadro elevado de insegurança, que vão de doenças respiratórias a mentais.
Segundo pesquisas realizadas por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais com UFRJ durante a pandemia de COVID-19, de início a pesquisa tem como finalidade trazer um recorte da saúde do Município.
Estudo revela nível anormal de arsênio, chumbo e manganês no sangue e na urina dos adolescentes.
Na pesquisa, cientistas entrevistaram 3.080 pessoas a partir de 12 anos. 2.782 tiveram o sangue e urina coletados. Foram levantadas informações de 217 crianças (0 a 6 anos).
Destas, 172 fizeram Exame de urina. O rompimento da barragem (Córrego da Mina do Feijão) aconteceu em 25 de janeiro, 2019.
Pesquisadores constataram que 28,9% dos adolescentes tinham arsênio total na urina acima do limite. 52,3% tinham manganês no sangue acima de 15 microgramas por litro, e 12,2% tinham níveis de chumbo no sangue superiores a 10 microgramas por decilitro.
Nos adultos 33,7% tinham níveis elevados de arsênio na urina, e 37% de manganês no sangue. Nas crianças de até 6 anos 50,6% das amostras de urina tinham pelo menos um metal acima do valor de referência, e, 41,9% um alto índice de arsênio. Córrego do Feijão, Parque da Cacheira e Pires foram os bairros mais afetados. O chumbo, um dos produtos citados não é absorvido pelo corpo humano, contudo, o dia a dia em constância interfere no processo cognitivo do indivíduo.
A próxima fase dos estudos está prevista para 2023. O coordenador-geral da pesquisa., Sérgio Peixoto, Fio Cruz-MG, e Universidade Geral do Estado de Minas Gerais que no geral a pesquisa é apenas para que se tenha um cuidado maior concernente aos sobreviventes.
Segundo ele, existem várias hipóteses. Os altos níveis de metais, o desastre de 2019, mas, o fato de a exposição não ser apenas em áreas atingidas a torna menos provável. Os anos de mineração em toda a região pode ser notável.
Os profissionais encontraram taxas de problemas respiratórios, hipertensão e doenças mentais superiores às da média da população nacional. (Pesquisa IBGE 2019). Em 25 de Janeiro 2019 houve o deslizamento, 270 pessoas não sobreviveram.
(Foto: Washington Alves/Reuters)