Nesta segunda-feira (29), o Governo Federal anunciou que o Catar decidiu encerrar as restrições à importação de carne bovina brasileira, que haviam sido impostas pelo país devido a um caso atípico da doença da “vaca louca” registrado em fevereiro, no Pará. Essa notícia se junta à recente reabertura dos mercados da Tunísia, Palestina e Rússia, conforme informado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Reprodução/ANBA
É importante ressaltar que a forma atípica da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como “mal da vaca louca”, ocorre de maneira natural e espontânea no rebanho bovino, não representando risco para a saúde pública, conforme destacado pelo ministério em comunicado.
Portanto, não há justificativa para impor restrições à importação de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Após o caso ocorrido, o Catar incluiu o Brasil em sua lista de medidas de precaução em 5 de março, estabelecendo condições restritivas para a importação do produto.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as exportações de carne bovina para o Catar em 2022 totalizaram aproximadamente US$ 36,9 milhões. Essas exportações correspondem a cerca de 6 mil toneladas do produto.
No primeiro trimestre de 2023, a corrente de comércio entre o Brasil e o Catar atingiu US$ 231,6 milhões. Durante esse período, as exportações de proteína animal para o Catar representaram aproximadamente 75% do total exportado pelo Brasil.
Conforme mencionado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a forma atípica da doença da “vaca louca” é de ocorrência natural e espontânea no rebanho bovino, em contraste com a forma clássica da enfermidade. Além disso, essa forma atípica não representa risco à saúde pública. Portanto, não há justificativa para impor restrições à importação de carne bovina afetada por essa forma atípica, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Foto destaque: Carnes de churrasco. Reprodução/Wenderson Araujo/Trilux/CNA