Foi encontrado um aparelho celular no bolso de um casaco que estava junto aos quatro corpos dos suspeitos de terem cometido o triplo homicídio dos médicos ocorrido na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O celular já foi encaminhado para a perícia da Polícia Civil.
Telefone pode ajudar a encontrar provas sobre o crime
Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) acreditam que informações como conversas e arquivos de mídia contidos no celular, um iPhone preto, podem auxiliar no esclarecimento da dinâmica dos crimes: os homicídios dos médicos e dos suspeitos.
Além do aparelho, que foi localizado pelo Grupo Especial de Local de Crime (GELC), também foram encontradas carteiras de habilitação e de plano de saúde, e uma certidão de casamento. O material completo estava em um dos corpos encontrados no interior de um carro, modelo Honda HRV, achado no Camarim, outro bairro da Zona Oeste do Rio.
Vídeo mostra o momento da execução dos três médicos na orla do Rio. (Reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Outro corpo também estava na Praça Gardênia Azul, em Jacarepaguá. Ele estava no porta-malas de um Toyota Yaris, com “múltiplos ferimentos provocados por projétil de arma de fogo”. O indivíduo encontrado seria Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk.
Estado dos corpos
Dos quatro corpos localizados, ao menos dois apresentavam o que é chamado de rigidez muscular generalizada. De acordo com especialistas, esse estado ocorre de oito a dez horas depois da morte. Como eles foram encontrados na madrugada desta quinta-feira (05), isso demonstraria que a morte dos suspeitos aconteceu entre 10 e 12 horas após o homicídio dos médicos na Barra da Tijuca.
Todos os cadáveres apresentavam sinais típicos de ação perfuro-contundente, provocados por tiros. O perito Nelson Massini argumenta que, pelas lesões contidas nos corpos dos suspeitos, eles provavelmente foram torturados e tiveram os corpos arrastados.
Foto destaque: Honda HRV encontrado pelos policiais da DHC. Reprodução/TV Globo.