Cessar-fogo entre Gaza e Israel é aprovado pelo Conselho de Segurança

Malu Corecha Por Malu Corecha
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) aprovou nesta quarta-feira (15) a primeira resolução com a meta de solucionar a guerra no Oriente Médio, travada entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Após inúmeras resoluções propostas por membros e vetadas pela Rússia e pelos Estados Unidos, a proposta redigida por Malta foi aprovada.


Crianças andam de bicicleta em meio a escombros Gaza

Crianças e adultos em meio a escombros em Gaza (foto: reprodução/Mohammed Abed/AFP)


O que foi proposto

A proposta prevê que haja proteção de crianças dentro da Faixa de Gaza, cessar-fogo temporário para entrada de ajuda humanitária aos civis ainda presos em Gaza sem o escape para o Egito, libertação dos prisioneiros e reféns que foram levados pelo Hamas no dia 07 de outubro, mais de um mês antes da aprovação da resolução e fornecimento contínuo de suprimentos essenciais, incluindo água, medicamentos, alimentos, suprimentos hospitalares, além de eletricidade e combustíveis, vitais para o funcionamento dos hospitais da região.

Além dos pontos principais, a resolução ainda estipula que todas as partes envolvidas não devem privar o acesso da população de Gaza aos serviços básicos, reestruturação de unidades necessárias para tratamento de doentes e evacuação de crianças e doentes da região.

Vale ressaltar que o Conselho de Segurança é o único órgão das Nações Unidas com caráter mandatório, e o não cumprimento de suas resoluções pode implicar em sanções aos países infringentes, e até julgamento em cortes internacionais.


Representante de Malta na ONU

Vanessa Frazier, representante de Malta no CSNU, discursando. (foto: reprodução/ONU)


Votos e repercussão

A votação contou com três abstenções, sendo elas de: Estados Unidos, Reino Unido e Rússia e doze votos favoráveis, de Albânia, Brasil, China, Emirados Árabes Unidos, Equador, França, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça. Não houve votos contrários.

Apesar de Estados Unidos e Rússia não terem usado seu poder de veto mais uma vez, alguns países não reagiram bem à solução proposta. O embaixador israelense junto à ONU, Gilad Erdan, afirmou que a resolução não condiz com a realidade e não condenou abertamente o ataque do Hamas, que era uma exigência de Israel. O embaixador ainda afirmou que a proposta será rejeitada por Israel até que os reféns sejam liberados.

Apesar da abstenção, Barbara Woodward, representante do Reino Unido, junto à ONU, afirmou que a resolução apresentada mudará vidas.

Foto destaque: reunião do Conselho de Segurança em que foi aprovado o texto proposto por Malta. Foto: reprodução/David ‘Dee’ Delgado/Reuters

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