As últimas semanas foram marcadas por um escândalo na Caixa Econômica Federal, o presidente do banco, Pedro Guimarães, pediu demissão após diversas denúncias de assédio moral e sexual por parte de funcionárias. Toda a situação revelou um ambiente de trabalho hostil, principalmente para as mulheres. Em novos relatos sobre o ex-presidente funcionárias falam sobre como se sentiram intimidadas e depois pressionadas a manter silêncio.
O que começou como boato nos corredores da sede da Caixa Econômica Federal, se transformou em uma série de denúncias, que agora se transformaram e um ponta pé inicial para a investigação do Ministério Público Federal.
Nesta semana, diversas funcionárias da caixa, acusaram Pedro Guimarães de assédio sexual e moral. Todas elas decidiram falar porque queriam que isso parasse de acontecer com elas e com outras mulheres. Cada uma das denúncias constrói uma história de resistência, que levou a queda do ex-presidente da Caixa.
Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa. Reprodução.
“É possível de comprovar, com base no que tantas pessoas já falaram e tantas pessoas que se encorajão a falar, que a nossa força é a verdade. Ninguém está inventando, ninguém está aumentando, ninguém está se vitimando. A gente não sente orgulho de ser vítima”, disse uma funcionária.
Na quarta-feira (29), Pedro Guimarães se afastou do cargo de presidente da Caixa. Uma funcionária definiu assim o ambiente de assédio no comando de um dos maiores bancos do país: “Nós vivíamos em uma prisão velada. Uma prisão de ser monitorada pelo fato de a gente ter dito ‘não’”. Ela é uma das mulheres que afirmou ter sido assediada por Pedro Guimarães.
Não só o ex-presidente sofreu acusações, a Caixa por meio de uma nota na sexta-feira (1), que o conselho de administração do banco acatou o pedido de demissão do vice-presidente de negócios de atacado, Celso Leonardo Barbosa, apontado como um dos principais auxiliares de Pedro Guimarães. O vice-presidente, apresentou uma carta de renúncia ao cargo. O executivo teria sido citado no processo de investigação sobre as denúncias de assédio moral e sexual.
Foto de destaque: Caixa Econômica Federal Matriz. Reprodução.
