China anuncia que juntará tropas do país com a da Rússia para participar de exercícios militares

Diogo Nogueira Por Diogo Nogueira
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Tropas chinesas viajarão à Rússia para participar de exercícios militares conjuntos liderados pelo país anfitrião, que ainda ataca a Ucrânia. De acordo com o anúncio feito pelo Ministério da Defesa da China, nesta quinta-feira (17), países como Índia, Belarus, Mongólia, também estão incluídos para o advento.

O ministério chinês afirmou em comunicado que a participação da China nos exercícios conjuntos “não tem relação com a atual situação internacional e regional”. Desde 24 de fevereiro deste ano, a Rússia mantém ataques e invasões ao território ucraniano sem que haja qualquer retaliação de Pequim, apesar das represálias dos países do Ocidente.

Em um contexto de tensão com os Estados Unidos, a China tem feito exercícios militares em torno de Taiwan devido a chegada da presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Nancy Pelosi. Pequim considera parte a ilha como parte de seu território.

Os exercícios da China na Rússia fazem parte de um acordo de cooperação anual bilateral, segundo o Ministério da Defesa da China. Já houve cumprimentos do acordo em outros anos.

“O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, aumentar o nível de colaboração estratégica entre as partes e fortalecer a capacidade de responder a várias ameaças à segurança”, afirma o comunicado.

Ainda não há data confirmada para o início, porém, no mês passado, o presidente russo Vladimir Putin, anunciou um plano de manobras militares com países parceiros entre 30 de agosto e 5 de setembro.


Grupo de militares russos e chineses patrulham em conjunto nas águas do oceano pacífico. A China demonstra apoio à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia. (Foto: Ministério da Defesa Russo/REUTERS)


Momento de tensão com os EUA

O anúncio dos exercícios na Rússia ocorre em meio a um dos momentos mais tensos entre os Estados Unidos e a China nos últimos anos.

O clima de tensão começou a se intensificar em junho e é consolidado no início deste mês, quando ocorreu a visita de Nancy Pelosi a Taiwan. O governo chinês reivindica a ilha como parte de seu território. Já o governo local de Taiwan, historicamente de oposição ao Partido Comunista, que governa a China, acredita que pode conquistar a independência.

Pequim considerou a visita uma provocação dos EUA, que mantêm uma política de contradição em relação à ilha. Washington não reconhece Taiwan como independente, mas não deixa de ter relações com o governo local.

 

Foto Destaque: China enviará tropas à Rússia para ajudar em exercícios miliatres durante a guerra na Ucrânia. (Reprodução/Alexei Druzhinin/Sputnik)

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