China continua a comprar secretamente petróleo da Rússia

Vinícius Ferreira Por Vinícius Ferreira
3 min de leitura

Refinarias independentes chinesas continuam a comprar, bem discretamente, petróleo russo mais barato, mesmo em meio à guerra contra a Ucrânia. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, operadores de mercado confirmam que negociações com os vendedores têm sido feitas de forma privada.

Os chineses tem ido na direção contrária a alguns países como os EUA e Reino Unido que determinaram sanções ao petróleo russo, proibindo sua importação no início deste mês.

Na contramão das sanções

De acordo com a reportagem, o correspondente das refinarias independentes da China é de um quarto da capacidade de processamento do país, sendo sediadas principalmente na província de Shadong. As refinarias do país estão comprando diretamente de Moscou, se tornando a válvula de escape do governo de Putin para a economia russa.


Zona portuária na China (Foto:Reprodução/OEspecialista)


As refinarias teriam comprado um tipo de petróleo chamado ESPO, que é transportado a partir do porto de Kozmino, no leste da Rússia. Este tipo de petróleo é tido como o tipo preferido dos chineses por poder ser enviado para portos menores, onde não há capacidade de descarga de grandes navios e com distância menor, reduzindo seus custos.

Alguns especialistas acreditam que a China não tenha dimensionado corretamente o tamanho da invasão, talvez acreditando numa rendição rápida da Ucrânia. Agora necessita ponderar o suporte a Putin (aliado contra influência dos EUA e Europa na Ásia) e a manutenção das relações comerciais com o resto do mundo.

A Índia também compra petróleo russo

A Índia é outro país que continua a comprar petróleo russo, mais precisamente o Ural Bruto, carro chefe da Rússia, segundo o Bloomberg. Porém as negociações só avançam por meio de licitações.

Os indianos já teriam comprado pelo menos 13 barris de Ural Bruto desde o fim de fevereiro. A Indian Oil adquiriu mais de 3 milhões de barris em sua mais recente licitação. Os volumes para o país somam uma média de 128.000 toneladas por mês em 2021 e segundo os cálculos da Bloomberg, o Ural é enviado pelos portos nos mares Baltico e Negro.

Foto Destaque: Reprodução/OTempo

 

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