Funcionários do governo dizem que o controle da expansão da doença se dificultou após afrouxamento das regras.
Na quarta-feira, o governo falou que iria parar de relatar casos assintomáticos, pois eles se tornaram impossíveis de rastrear, os testes em massa não são mais necessários.
Mesmo que, oficialmente, a China não tenha notificado um caso de morte desde o dia 4 de dezembro. As mortes por Covid-19 tem crescido em Pequim, e que há indícios de que o coronavírus tem feito mais vítimas de morte.
Atualmente a China vive um aumento de casos. O governo chines abandonou na semana algumas das medidas de contenção Covid-19. Na quarta-feira, o governo disse que pararia de relatar casos assintomáticos, pois eles se tornaram impossíveis de rastrear, já os testes em massa não são mais necessários.
Com a interrupção nos relatórios fica mais difícil saber a velocidade com o qual o vírus está se espalhando. Porém algumas demonstrações e atividades ligadas ao novo coronavírus sugerem que o número de infecções é alto.
As autoridades de saúde chinesas dizem que somente aqueles que morreram diretamente de Covid-19, excluindo aqueles cujas condições subjacentes foram agravadas pelo vírus. Em muitos outros países, as diretrizes estipulam que qualquer morte em que o coronavírus seja um fator ou contribuinte seja contabilizada como uma morte relacionada ao Covid-19.
Especialistas revelam que essa forma de contar é uma prática de longa data na China, mas já surgiram dúvidas sobre uma possível tática das autoridades para minimizar os números.
Sobre a campanha para vacinar
Especialistas em saúde disseram que a China enfrentará um pico de infecções nos próximos meses. Há campanhas para convencer os idosos e as pessoas que não acreditam em vacina a serem vacinados.
Há uma crescente frustração com a política de “Covid zero“.
Essa política tem sido apontada como prejudicial à economia e causadora de um estresse social. A flexibilização começou em novembro e acelerou depois que Pequim e várias outras cidades viram protestos contra as restrições, que se transformaram em pedidos pela renúncia do presidente Xi Jinping e do Partido Comunista —um tipo de oposição pública que não era observado em décadas do país.
Não está claro o que motivou a mudança de política do governo. Os especialistas citam a pressão econômica, o descontentamento público e as dificuldades de conter a variante extremamente infecciosa do omicron.
A China não estava totalmente preparada para a abertura do ponto de vista da saúde pública, e a decisão foi motivada principalmente por fatores econômicos e sociais, disse Zeng Guang, especialista em saúde.
Foto destaque: Reprodução/NOEL CELIS /AFP