O governo da China suspendeu a compra de frutos do mar vindo do Japão nesta quinta-feira (24) após derramamento de água nuclear no mar. A cidade de Pequim na China é o maior comprador de mariscos vindo do Japão, mais precisamente vindo de Tóquio, com mais de US$1,1 Bilhão em transações anualmente, o que dá em torno de R$5,5 milhões.
Após Tóquio começar a derramar as águas resíduas da usina nuclear de Fukushima, Pequim já teria cancelado as importações na maioria dos alimentos de 10 das 47 prefeituras japonesas em julho.
Cozinheiro cortando um salmão. (Foto: reprodução/UOL)
Grandes planos
Medidas foram calculadas pelo governo de Pequim para infligir danos econômicos, e Pequim afirmou que as empresas sofrerão um “golpe significativo”, já que a China e Hong Kong importam mais de US$ 1,1 bilhão só em frutos do mar vindo do Japão todos os anos, importando mais da metade das exportações de frutos do mar.
As autoridades chinesas disseram que os planos de Tóquio são “extremamente egoístas e irresponsáveis” após o governo da capital japonesa despejar mais de um milhão de toneladas de água residuais. “O Japão está passando uma ferida aberta para as futuras gerações da humanidade” Disparou o governo Chinês.
Uma visão profissional
Alguns especialistas declararam que algumas reações de Pequim são motivadas por algumas disputas geopolíticas com o Japão, especificamente logo após a assinatura de uma cooperação trilateral entre Tóquio, Seul e Washington para frear alguns avanços na região do Indo-Pacífico.
As Companhias de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) afirmam que a água não representa riscos para saúde e nem para o meio ambiente, por ter passado por um tratamento que eliminou a grande maioria das substâncias radioativas.
Os críticos acreditam que mais estudos devem ser feitos com essa água e a interrupção imediata da liberação dessa água.
Foto destaque: Família japonesa se alimentando de frutos do mar. Reprodução/Revista Menu