Chuvas intensas deixam 64 cidades em emergência e 35 mil famílias afetadas no Maranhão

Welyson Lima Por Welyson Lima
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No Maranhão, devido os temporais e cheias de importantes rios, as fortes chuvas deixaram 64 cidades em estado de emergência. Até o momento cerca de 35 mil famílias foram afetadas, 7.757 estão desabrigadas e desalojadas, segundo apontou o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) ao G1.  Ainda segundo o CBMMA, 6 óbitos foram confirmados em razão das fortes enxurradas. A Defesa Civil do estado segue trabalhando no monitoramento as áreas afetadas.


Enchente no Maranhão (Reprodução/Freepik)


O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB) decretou estado de emergência nesses municípios, incluindo a capital São Luís. Através do documento assinado pelo governador, ficam autorizados os órgãos da Administração Pública do estado, como o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, a prestarem apoio às cidades afetadas pelas enchentes. Das 64 cidades, porém, as fortes chuvas e enxurradas têm afetado principalmente os municípios de Pedreiras, Trizidela do Vale e Bacabal.

Carlos Brandão (PSB) esteve no domingo (9), acompanhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ex-governador do Maranhão e atual ministro da Justiça, Flávio Dino e comitiva do governo estadual e federal, sobrevoando e vistoriando cidades afetadas pelas fortes chuvas, como Pedreiras, Trizidela do Vale e Bacabal. Lula visitou na cidade de Bacabal o alojamento da Paróquia Santa Teresinha, onde centenas de famílias estão abrigadas.

O Governo Federal não faltará em nenhuma hipótese às necessidades de cuidar do povo desse estado, sobretudo das pessoas que estão ficando em situação muito desconfortável como as que estão com as casas alagadas”, disse o presidente em pronunciamento no aeroporto de Bacabal, após visita em áreas atingidas.

Das 64 cidades atingidas pelas fortes chuvas, uma delas está em estado de calamidade pública. Trata-se da cidade de Buriticupu, que fica a 415 km da capital São Luís. O decreto de calamidade pública no município se dá devido a formação de crateras. As crateras em Buriticupu são enormes abismos provocados por um fenômeno geológico chamado “voçoroca”, que acontece em áreas onde a vegetação é escassa e não mais protege o solo. Assim, fortes chuvas deixam os terrenos suscetíveis a desmoronamentos. A defesa civil continua nas regiões afetadas, atuando junto a Corpo de Bombeiros Militar e Coordenadorias Municipais de Defesa Civil das prefeituras, prestando assistência às famílias.

De acordo com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, mais de R$ 8,5 milhões foram enviados pelo Governo Federal ao estado e municípios para auxiliar as famílias vítimas da enchente e alagamentos. A pasta do Ministério da Saúde, por meio da Vigilância em Desastres Nacionais, já enviou ao estado do Maranhão, três kits de primeiros socorros que atende até 500 pessoas por um período de três meses ou 1,5 mil pessoas por mês. Também enviou apoio técnico para instalação da “Sala de Situação de Saúde”, que ajudou na formulação de um plano de ação para os primeiros 15 dias.

O Governo do Maranhão através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes) já enviou cerca de 21.400 cestas básicas; 34 mil litros de água e 3.450 colchões. Segundo emitiu o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta segunda-feira (10), há alerta laranja de chuvas intensas no Maranhão para os próximos dias. O alerta indica alto grau de perigo de chuvas, com previsão de pluviosidade entre 30 a 60 milímetros por hora ou 50 a 100 milímetros por dia. Os ventos intensos podem oscilar entre 60 a 100 km/h. O aviso é válido até às 10h desta segunda-feira.

 

Foto Destaque: Enchente no Maranhão. Reprodução: Governo do Maranhão/G1

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