Em Idaho nos Estados Unidos, o Idaho Falls Community Hospital está a mais de 24 horas desviando ambulâncias de sua central para outros hospitais após um ataque cibernético, em mais um episódio de ataque cibernético contra centrais de sistemas de saúde nos EUA.
O ataque ocorreu na segunda-feira (29/05) e imediatamente levou enfermeiros e médicos do Hospital a pararem de utilizar computadores e forçados a usar caneta e papel nos prontuários de pacientes. “O hospital ainda está cuidando dos pacientes e os funcionários estão ‘trabalhando contra o relógio’ para restaurar totalmente os sistemas computadorizados” disse Brian Ziel, o porta-voz do hospital, à CNN.
Porém ainda não foi esclarecido se o ciberataque ocorrido teria envolvido o conhecido “ansomware” que consiste em um ataque a rede de computadores do local, sendo bloqueados para que os hackers exijam pagamentos. Durante a pandemia esses ataques se tornaram bem populares à hospitais nos EUA. Ziel afirmou que não possuía conhecimento sobre nenhum pedido de resgate feito ao hospital.
Não se sabe ainda quando o hospital voltará a aceitar pacientes de ambulância ou quantas ambulâncias foram desviadas, mas Zizel diz que o hospital ainda está recebendo pacientes de emergência que chegam ao hospital sem uso de ambulância. O Mountain View Hospital, ligado ao Idado Falls, também foi alvo do ciberataque que prejudicou seu sistema de computador.
O Mountain View Hospital (Foto: Reprodução / CNN)
A nota dos hospitais sobre o ataque diz: “Ambos os hospitais permanecem abertos e estão cuidando com segurança de todos os seus pacientes e a grande maioria das clínicas está atendendo os pacientes normalmente”.
É conhecido que hackers de países como Coreia do Norte, Rússia e Irã são os responsáveis por ataques dos provedores de saúde nos Estados Unidos, muitas vezes no intuito de subornar dinheiro de organizações que não podem ter sua operação interrompida. O que leva a alguns especialistas suspeitarem que alguns hospitais paguem os resgates a hackers em ataques que não são denunciados às autoridades do setor.
Devido à esse cenário, a Microsoft emitiu uma ordem judicial federal em abril para tentar cortar o acesso dos cibercriminosos ao impedir o uso de uma ferramenta de hacking que já foi usada em mais de 70 ataques de ransomware contra hospitais ao redor do mundo em mais de 19 países.
Os ataques de ransomware tem efeitos pesados em centrais de saúde, segundo um estudo realizado Universidade da Califórnia, apontando que um ciberataque leva ao tempo de espera nas salas de emergência se entenderem e até prolongam a permanência de pacientes no hospital sem receber alta.
Foto Destaque: O Idaho Falls Community Hospital (Reprodução / CNN)