Cientistas australianos encontram objeto na Via Láctea que libera radiação eletromagnética a cada 18 minutos

Alinne Luz Por Alinne Luz
3 min de leitura

Um objeto giratório misterioso na Via Láctea foi descoberto pelo estudante australiano Tyrone O’Doherty, da Curtin University Honors.

A pesquisa foi liderada pela astrofísica Natasha Hurley-Walker, ao saber da descoberta do estudante que usou um telescópio e uma nova técnica desenvolvida para visualizar o objeto.

Em um comunicado, Natasha afirmou: “Foi completamente inesperado. Foi meio assustador para um astrônomo porque não há nada conhecido no céu que faça isso”.

Imagens feitas por telescópio mostram uma infinidade de fios magnéticos e fenômenos astronômicos são registrados desde o início dos tempos, mas a astrofísica admitiu que o forte sinal eletromagnético poderia ser enviado por outra forma de vida, “estava preocupada que fossem alienígenas”, declarou.

No entanto, foi observado que o sinal emitia uma variedade de frequências, sendo um processo natural e não artificial. Isso, porque quando ocorre radiação eletromagnética, com elevada frequência, há desequilíbrios pela produção de alta densidade de corrente elétrica.

Nesse caso, para que o evento venha a afetar o Planeta Terra, a densidade do fluxo de radiação, dependeria da sua interação com a radiação eletromagnética.

O objeto que está a cerca de quatro mil anos-luz da terra, é incrivelmente brilhante e libera grande quantidade de radiação eletromagnética a cada 18 minutos, com tempo de duração de um minuto. “O pulso ocorre a cada 18, como um relógio”, explicou a astrofísica.


Objeto encontrado na Via Láctea (Repodução/ICRAR)


 

Para pesquisadores, pode ser uma estrela de nêutrons ou uma anã branca que são núcleos de estrelas em colapso, com um acentuado campo magnético. Há possibilidade de que galáxias se formem a partir do cruzamento com essas anãs. Mas ainda é preciso continuar as pesquisas e procurar por outros objetos como esse para saber se foi um evento isolado ou se há “uma vasta nova população que nunca havíamos notado antes”, finalizou Hurley-Walker.

O problema é que o sol é muito mais brilhante do que as estrelas, dificultando fazer boas estimativas da proporção de suas intensidades e uma compreensão completa desses objetos leva tempo.

 

Imagem destaque: reprodução/ ICRAR

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile