Conflito no Oriente Médio: 19 jornalistas perdem suas vidas em 13 dias

Laura Azevedo Borin Por Laura Azevedo Borin
3 min de leitura

Em meio à guerra entre Israel e o Hamas, a tragédia atingiu a comunidade de jornalistas, com a perda de 19 vidas em apenas 13 dias. Está situação é particularmente devastadora em Gaza, onde jornalistas tentam equilibrar a cobertura do conflito com a proteção de suas famílias.

A maioria das vítimas eram jornalistas palestinos, israelenses e um libanês. Um triste exemplo é Abdulhadid Habib, da agência de notícias Al-Manara, que perdeu a vida em um ataque com mísseis em sua casa no bairro de Zeitoun, no Sul da cidade de Gaza. Ahmed Shebab, da Rádio Sowt Al-Asra, morreu com sua esposa e filhos em um bombardeio em Jabalia, no norte de Gaza.

O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) enfatiza que os jornalistas são civis desempenhando um papel essencial na cobertura da crise e não devem ser alvos de partes envolvidas no conflito. Além das 19 vidas perdidas, oito jornalistas ficaram feridos e três estão desaparecidos.


Cerimônia fúnebre dos jornalistas palestinos Saeed Al-Taweel e Mohammad Sobh, que foram mortos em ataques aéreos israelenses. (Foto: Reprodução/ CNN Brasil)


Condições precárias de trabalho em Gaza

As condições para jornalistas em Gaza são extremamente precárias, com falta de segurança em uma área densamente povoada e acesso limitado à internet e eletricidade. Jornalistas locais atuam como colaboradores para meios de comunicação ocidentais, enfrentando inúmeras dificuldades para transmitir o material produzido.

Atualizações constantes de vítimas

O CPJ mantém uma lista diária das mortes de profissionais da imprensa nesta guerra. Recentemente, o cinegrafista libanês Issam Abdallah, da agência Reuters, perdeu a vida em um bombardeio de Israel enquanto transmitia ao vivo a escalada de confrontos na fronteira com o Líbano.

Jornalistas israelenses também afetados

Três dos 19 profissionais mortos eram israelenses, assassinados no ataque terrorista do Hamas ao Sul de Israel. Entre eles, o veterano fotógrafo Yaniv Zohar, que desempenhava um papel crucial como cinegrafista da Associated Press, atuando como um termômetro para avaliar a dimensão dos confrontos na região. Zohar deixou uma lacuna significativa na equipe de jornalistas.

Foto destaque: Pessoas carregam o caixão do videorrepórter libanesa da Reuters, Issam Abdallah, morto em 13 de outubro por um bombardeio israelense. Reprodução/Jovem Pan

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