Conflitos de grupos políticos deixa 12 mortos na capital da Líbia

Natália Maria Por Natália Maria
3 min de leitura

Os conflitos armados na Líbia já deixaram pelo menos 12 mortos e 87 pessoas feridas, de acordo com o ministério da Saúde do país. Na capital do país, Trípoli, o combate entre dois grupos de governo armados prevalece desde a última sexta-feira (26), resultando em mortes, explosões e caos pelas ruas. Ainda segundo o Ministério da Saúde, diversos hospitais e centros de saúde foram atacados por conta dos combates.

A disputa que percorre por meses no país, resultou em um confronto ainda mais intenso entre o Governo de Unidade Nacional (GNU) de Trípoli, regida por  Abdulhamid al-Dbeibah e uma organização rival administrada por Fathi Bashagha, os dois são intitulados primeiro-ministro da Líbia, sendo Abdulhamid o atual. Os embates dos grupos rivais, iniciaram na sexta, onde um dos grupos comandados por Trípoli atacou uma base adversária, resultando em horas seguidas de tiros e explosões.


Comboio regido por Fathi Bashagha chegando ao Trípoli oriental em 27 de agosto (Foto: reprodução/Twitter)


Após os ataques a fio, o confronto ficou mais violento pela manhã de sábado. Eram utilizadas metralhadoras, armas de fogo, e morteiros implantados em pontos centrais. Segundo testemunhas, as ruas ficaram tomadas por fumaça escura e o bombardeio de explosões eram ouvidos. Em Janzour, em um local mais a oeste de Trípoli os conflitos se fortificaram mais, de acordo com trabalhadores locais.

Por conta dos últimos embates, a missão das Nações Unidas solicitou suspensão imediata dos combates e manifestou preocupação com os ataques aos civis. O caos político na Líbia foi instaurado desde 2011, quando a OTAN abateu Muammar Gaddaf, dividindo em 2014 grupos rivais entre o leste e oeste. Em 2019 os conflitos na régio de Trípoli deixaram cerca de 47 mortos e 181 feridos em um período de 3 dias.

A guerra civil baseada em política do país, também se agravou agora neste ano e o combate de poderosas milícias sempre foi um impulsionador. No ano de 2019, o governo com apoio do ONU buscava apoio das milícias durante a luta pelo poder da cidade.

Foto reprodução: Forças armadas em combate na Líbia. Foto: reprodução/Instagram

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