Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, mas ele nunca será esquecido, porque mesmo em vida, em ruas, estádios e museus no Brasil levam o seu nome. Na cidade de Salto, que fica no interior de São Paulo, as ruas só levam o nome de pessoas mortas, mas desde 1970, existe a Rua Pelé na cidade, sendo uma exceção.
No Brasil existem várias ruas que se chamam Edson Arantes do Nascimento, como em Três Corações (MG), Barbacena (MG), São José do Rio Preto (SP), Campo Formoso (BA), e em Caruaru (PE) o nome é o mesmo, mas nesse caso é uma avenida.
Rua Pelé em Salto (SP). (Foto: Reprodução/GE)
Já a Rua Pelé existe em Feira de Santana (BA), São João do Meriti (RJ), Serra (ES) e Salto (SP). Também tem a Rua Rei Pelé, em Araci (BA), Barreiras (BA), Cariacica (ES), Rio de Janeiro (RJ), Foz do Iguaçu (PR) e Belém (PA).
As homenagens a Pelé vão além do seu nome em ruas no Brasil a fora, o Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL), pode ser provavelmente a construção mais famosa que leva o seu nome. Sendo popularmente chamado de Trapichão, é a casa dos rivais CRB e CSA, começou a ser construído em 1968, e ficou pronto em 1970.
Com a sua presença, o estádio foi inaugurado quatro meses e quatro dias depois da seleção brasileiro vencer a Copa do Mundo no México.
Em Brasília, o estádio alagoano tinha um irmão, o Pelezão, que era oficialmente chamado de Estádio Edson Arantes do Nascimento depois de ser Estádio Municipal de Brasília, que também recebeu o jogador que balançou as redes. Em 1967, o Santos ganhou de 5 a 1 na Seleção de Brasília, e Pelé marcou uma vez.
Pelé na inauguração do Estádio do Rei Pelé. (Foto: Reprodução/GE)
Entretanto, o local ficou cada vez sendo menos utilizado, e foi desativado na década de 80, e no início dos anos 2000 muitas famílias ocuparam o terreno, e em 2009, foi demolido, e hoje, o lugar onde Pelé fez o seu primeiro gol na capital do Brasil, existem prédios residenciais e comerciais de um condomínio de luxo.
O Centro Educacional e Esportivo Edson Arantes do Nascimento, da Prefeitura de São Paulo, também é conhecido como Pelezão. Foi fundado em 1969, o clube tem hoje uma área de 100 mil metros quadrados, com quadras, piscinas, campo de futebol, academia e muito mais.
Em Santos (SP), existe o CT Rei Pelé, onde o Santos treina suas equipes de base e profissional, e existe na cidade o Museu Pelé, que antes era o Casarão do Valongo.
A pedido do Comendador Ferreira Netto, o edifício histórico ficou pronto em 1872. A casa é um patrimônio histórico, que foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico desde 1983, dois anos antes do primeiro de dois incêndios que aconteceram no local, em 1985 e 1992.
O prédio foi destruído e abandonado por alguns anos, e em 2004 começou a ser reconstruído, e em 2014, virou o Museu Pelé, onde estão expostos mais de 2.500 itens, como fotografias, camisas, chuteiras e outras coisas que estão ligadas à vida do jogador.
Pelé na inauguração do Museu Pelé. (Foto: Reprodução/GE)
Depois da morte de Pelé, o governo de São Paulo informou que o complexo viário que está sendo construído na entrada de Santos será batizado de Rei Pelé.
Pelé nasceu em Três Corações (MG), onde existe a Casa Pelé. O lugar foi reconstruído pelo artista plástico Fernando Ortiz, que com a ajuda das memórias da mãe e do tio de Pelé recriou o lugar onde Edson nasceu.
Ainda em Três Corações, além da rua e do ginásio que tem o nome do atleta, existe a Praça Pelé, onde está a estátua dele levantando a taça Jules Rimet e marca do pé direito desde 1971. Porém, a Praça Pelé, é oficialmente chamada de Praça Coronel José Martins, um militar e escravagista que morreu na cidade em 1900, e em julho de 2022, o mesmo artista da casa, Fernando Ortiz, foi à Câmara dos Vereadores e conseguiu aprovar uma proposta de lei, mudando o nome do local oficialmente para Praça Pelé.
Foto destaque. Praça Pelé. Reprodução/GE.