Foi nesta segunda-feira, dia 19, que houve a conferência ambiental COP-15, onde representantes negociadores dos países integrantes chegaram a um acordo chamado Kunming-Montreal.
O acordo busca, especialmente, a proteção da biodiversidade ambiental do planeta, com uma margem de cerca de 8 anos para tal objetivo, sendo seu limite 2030, com algumas considerações até 2050.
Segundo dados da Comissão Europeia, o projeto moveria cerca de US $200 milhões por ano até essa data estipulada, com fiscalização e apoio de empresas transnacionais e instituições financeiras. Essa decisão prevê a obrigação desses apoiadores para com o monitoramento, avaliação e a divulgação constante dos riscos, impactos e dependências sobre o principal objetivo do acordo.
Dentre esses 200 bilhões, foi aprovado que 20 bilhões seriam fornecidos pelos países ricos por ano até 2025, com aumento de 30 bilhões até 2030, por conta do seu histórico colonizador e o acúmulo de riquezas passado ser às custas de suas ex-colônias, que se encontram no que é chamado de Sul Global.
Para isso, as metas previstas são as seguintes:
• Restauração de 30% dos ecossistemas degradados globalmente, considerando terra e mar, até 2030;
• Interrupção a extinção de espécies conhecidas, além da redução do risco e da taxa de extinção da fauna e da flora em 10x até 2050;
• Redução da utilização de pesticidas na agricultura em pelo menos 50% até 2030;
• E, redução do consumismo desenfreado em escala global até 2030.
Breve momento na COP-15, com o secretário-geral no centro e a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) na direita. (Reprodução/ONU/Evan Schneider).
A reunião foi organizada e realizada, mais uma vez, por uma cúpula da ONU, que cumpre seu papel como agente para a aceleração do papel sustentável no planeta. São mais de 200 países compondo o compromisso com a realização desse acordo no tempo estipulado, procurando reverter essa degradação ambiental que perdura há décadas e desponta seus impactos visivelmente nos últimos anos com a falta de recursos, o aquecimento global e a desigualdade social e econômica.
A reunião para este evento estava prevista para 2020, na China, mas por conta da pandemia sofreu diversos atrasos até acontecer na presente data em Montreal, no Canadá, por isso parte do nome do acordo.
Foto destaque: fachada da COP-15 em Montreal. Reprodução/ONU News.