A Coreia do Norte assumiu, nesta sexta-feira (28), a autoria de pelo menos dois testes com mísseis balísticos realizados em seu território. Os dados foram oferecidos internacionalmente pela emissora estatal do país asiático, a KCNA, informando que, na terça-feira (25), “o país testou mísseis de cruzeiro de longo alcance que atingiram “uma ilha alvo a 1.800 km de distância” no Mar do Leste, também conhecido como Mar do Japão “(G1).
Posteriormente, na quinta-feira (27), outro lançamento partiu do país, contendo “dois mísseis táticos guiados”. A imprensa local ainda notifica que o ditador Kim-Jong-Un visitou uma fábrica “importante” do país.
Os testes obviamente incomodaram os Estados Unidos, que condenaram o ato. A versão anglófona da Al Jazeera chamou o evento de “Show of Force”, isto é, demonstração de força, e entrevistou o estudioso sul-coreano Yang Moo-jin, que pesquisa sobre o país vizinho. Segundo o professor, a fábrica deve também estar relacionada às armas utilizadas em teste.
Os registros são os mais intensos em apenas um mês, sendo o momento mais turbulento nesta região da Ásia até então. A última vez que a Coreia do Norte assustou seus inimigos da mesma forma foi ainda durante o governo do presidente norte-americano Donald Trump, em 2019, quando as relações entre os dois países já estava em decadência. O Estado de Minas explica:
“Desde então, as negociações com os Estados Unidos estagnaram e o país sofreu economicamente com duras sanções internacionais e suas medidas para conter a pandemia de covid-19.”
Ditador Kim-Jong-Un visita fábrica na Coreia do Norte (Foto: Reprodução/KCNA/AFP via Al Jazeera)
O jornal, que traz em sua matéria sobre o ocorrido a opinião de Ankit Panda, analista especializado em geopolítica asiática, toma emprestado sua opinião de que, incluindo “os dois mísseis de cruzeiro testados na terça-feira, esse já é o maior número de lançamentos de mísseis norte-coreanos em qualquer mês”.
As posturas políticas e militares norte-coreanas sempre foram de maior preocupação para as nações ocidentais, principalmente quando o país resolve oferecer demonstrações tão gratuitas de sua beligerância. Seguindo a crise no Afeganistão, ainda é provável que Joe Biden tenham muita dor de cabeça no tocante à posição de seu país no Oriente.
Foto Destaque: Reprodução/CNN
