O anúncio de excesso de calor prevê registro de temperatura elevada em pleno inverno, e é esperada máxima de 34º C para São Paulo e Rio Grande do Sul, 40º C para Rio de Janeiro e Triângulo Mineiro, sendo que o praticamente todo país será impactado com o extremo calor.
Até sábado (26) o país será atingido por uma onda de calor, podendo haver recordes de temperatura. Nesta segunda quinzena de agosto o país irá enfrentar o calor que é mais peculiar nos meses de setembro e outubro, segundo a análise de meteorologistas. De acordo com o “Climatempo”, a elevação dos termômetros será notada, sendo consequência da grande massa de ar quente e seco que cobre parte do país.
Um inverno atípico
O inverno de 2023 teve em algumas regiões do Brasil registro de altas temperaturas, sendo que a evidência mostra o aumento simultâneo dos termômetros irá acontecer em diversos estados de diferentes regiões e com valores ainda mais elevados.
Picos de calor por todo pelo país foram verificados durante os 21 primeiros dias do mês de agosto. Cuiabá com 40,4ºC registrou o mais novo recorde de calor no país, conforme medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O habitual para a região no mês é a marca de 34,7ºC.
Explicando a mudança do tempo
O motivo desse calor no inverno é devido à atuação de uma “corrente de Jato”: os ventos em baixos níveis da atmosfera.
Segundo a “MetSul“, o calor extremo é consequência da atuação de uma “corrente de jato”. Esse corredor de ar levará o ar quente do Norte do Brasil para o Sul e Sudeste.
Onda de calor mostrada em termômetro de rua na Tijuca (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A explicação de Paul William, professor de ciência atmosférica na “Universidade de Reading”, no Reino Unido é que “A corrente de jato é o principal motor do nosso clima”. E ele continua afirmando em entrevista ao Jornal britâncio “Financial Time, “A corrente de jato é como uma correia transportadora, que nos traz tempestades uma após a outra.”
A expressiva alteração nas temperaturas tem sua origem na mudança atmosférica aliada ao corredor de vento, produzido a partir do Chile, fazendo o transporte do ar quente do Norte do país em direção às regiões Sul e Sudeste.
Foto destaque – Onda de calor no Brasil e no mundo (Foto: reprodução/climatempo)