Craig Mokhiber renuncia ao seu cargo na ONU

Luiza Nascimento Por Luiza Nascimento
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O diretor do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Craig Mokhiber, surpreendeu o mundo ao renunciar ao seu cargo em protesto contra o que ele descreveu como um “genocídio” em andamento na Faixa de Gaza. Em sua carta de renúncia, Mokhiber acusou os Estados Unidos, o Reino Unido e os países europeus de fornecerem cobertura política e diplomática às “atrocidades” cometidas por Israel.

“Alto Comissário, estamos falhando novamente”, escreveu Mokhiber em sua carta, dirigida ao chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Turk, em Genebra. Suas palavras ecoam um clamor de indignação diante do que ele percebe como um fracasso repetido da comunidade internacional em prevenir genocídios e proteger os direitos humanos.


Craig Mokhiber. (Foto: Reprodução/Noa Halff/Daily Mail)


Em resposta à renúncia de Mokhiber, o secretário de imprensa do secretário-geral da ONU confirmou que ele se aposentaria a partir de 31 de outubro, marcando o fim de sua carreira na organização.

Craig Mokhiber

Craig Mokhiber é um conhecido defensor dos direitos humanos e ex-funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele atuou como diretor do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Nova York. Mokhiber é amplamente reconhecido por seu compromisso com a promoção dos direitos humanos em todo o mundo.

Sua renúncia à ONU ganhou destaque internacional devido às alegações de “genocídio” em Gaza e às acusações de que os Estados Unidos, o Reino Unido e países europeus estavam fornecendo cobertura política e diplomática às ações de Israel na região. A carta de renúncia enfatizou a sua frustração com a aparente inabilidade da ONU em evitar tais atrocidades, citando exemplos históricos de falhas em prevenir genocídios e proteger os direitos humanos em outros conflitos.

Sua saída ressaltou a complexidade do conflito em Gaza e trouxe à tona a urgente necessidade de um esforço global para encontrar uma solução pacífica e duradoura para a região, enquanto os atores internacionais enfrentam a pressão de garantir os direitos humanos e a segurança de todos os envolvidos.

Israel admite ter atacado campo de refugiados em Gaza

De acordo com um comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI), o ataque foi baseado em informações da Agência de Segurança de Israel (ISA) e teve como alvo Ibrahim Biari, o comandante do Batalhão Central Jabaliya do Hamas. As FDI também afirmaram que Biari estava entre os responsáveis por enviar agentes “Nukbha” do Hamas para realizar atos de terror e assassinato em 7 de outubro. O ataque também teria resultado na morte de vários membros do Hamas.

O tenente-coronel Richard Hecht, porta-voz das FDI, havia declarado anteriormente que as FDI tinham como alvo um comandante de alto escalão do Hamas nas proximidades do campo de refugiados. Este acontecimento gerou reações e discussões tanto regional quanto internacionalmente, pois adiciona tensões aos conflitos em curso entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Foto destaque: Símbolo da ONU (Reprodução/Segredos do Mundo)

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