Casal dono de um berçário em Sorriso, Mato Grosso, foi preso preventivamente pela Polícia Civil na última sexta (14), após denúncias de agressão às crianças.
Pais e ex-funcionários narram diversos episódios de violência contra os alunos à polícia, como mordidas, puxões, tapas nas nádegas, empurrões, beliscões e até golpes com raquetes. “Uma professora colocou eu no quarto escuro, eu fiquei com medo e chorei. Ela puxava meu cabelo no banheiro”, disse uma criança de 3 anos que frequentava o berçário.
Segundo a mãe da criança, a filha mudou o comportamento em casa por conta das agressões que recebia. “Ela pegava a boneca e, de repente, começava a dar socos, a gritar com a boneca. Passou a ter medo de dormir sozinha no escuro, coisa que nunca aconteceu antes”. A responsável, no entanto, tinha confiança na proprietária do berçário, mas, após o aniversário de 3 anos da filha, que ocorreu na escolinha, uma das convidadas presenciou agressões e, então, contou à família.
Além das agressões, havia um “quartinho do pensamento”, corredor escuro que dava acesso ao quarto da dona do local, onde ela trancava as crianças que não se comportavam bem.
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Ameaças aos funcionários
De acordo com Jéssica Assis, delegada responsável pela investigação do caso, os funcionários do local presenciavam as agressões, mas não denunciaram por estarem sob ameaças dos donos do imóvel.
O advogado de defesa do casal dono do berçário, William Puhl, afirma que a relação dos chefes com os funcionários era amigável e que, uma das mães agiu de má fé ao denunciá-los à polícia, já que as imagens das agressões supostamente teriam ocorrido fora da instituição.
Segundo o Núcleo de Violência Doméstica da Delegacia de Sorriso, a dona do local deve responder por tortura e, o marido, pelos crimes de omissão mediante tortura, ameaça e perseguição.
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