Criminosos que aplicaram golpe em médico de 40 anos, através de site de namoro, movimentaram mais de R$ 75 mil da vítima. O mantiveram refém por 14 horas em área de mata na Serra da Cantareira, zona norte de São Paulo, nesta sexta-feira (18).
Conforme a polícia, o médico contou que foi abordado em Pirituba, onde seria a casa da suposta jovem que ele conheceu no aplicativo de relacionamento. Chegando lá foi rendido por dois homens, que o levaram para o cativeiro e o obrigaram a entregar senhas de sua conta bancária. Os criminosos fizeram empréstimo de R$ 65 mil e transferências de mais de R$ 7.000. Ainda sacaram R$ 2.000 e gastaram outros R$ 1.000 em compras.
Local em que o médico ficou durante a madrugada (Foto: Reprodução/GCM)
O sequestro aconteceu por volta das 21h40 de uma sexta-feira e passou toda a madrugada de sábado amarrado na mata. Ele só foi liberado pela manhã. A vítima trabalha no Hospital das Clínicas e havia marcado um encontro através do aplicativo de relacionamento, mas ao chegar no local foi rendido por dois suspeitos armados. Em seguida foi levado até uma casa que fica na comunidade na Estrada do Mestre, no Sítio Botuquara.
Um dos bandidos levou o carro do médico, com o celular e o cartão. O outro bandido ficou com ele na mata. Por volta das 10h30 foi liberado, logo após o criminoso receber uma ligação e fugir. Nesse meio tempo o médico conseguiu se desamarrar e ir ao encontro de uma equipe da Guarda Civil Metropolitana Ambiental que estava na região.
Segundo o guarda civil ambiental Anderson Ricardo Monteiro, o médico sofreu tortura metal. “Eles estavam armados, deram um disparo para amedrontar, deixar ele coagido, e ficaram fazendo saques, empréstimo e, de manhã, saíram mais uma vez com o carro dele pra fazer saques. Ali é um local que ocorre muito, devido à dificuldade de as viaturas chegarem. Uma área de comunidade, muita mata e muitos barracos de madeira ao redor”, disse.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o caso foi registrado como roubo de veículo e extorsão, e que a polícia civil trabalha na identificação dos autores e na localização do carro da vítima.
Foto destaque: Aplicativos de relacionamento. Reprodução/mundoraiam
