Crise humanitária dá origem à nova trégua entre Rússia e Ucrânia

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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Nesta quarta-feira (09), a Rússia prometeu seguir uma trégua para fornecer corredores humanitários a refugiados ucranianos de Kiev e outras quatro cidades. Segundo informações provindas da ONU, a quantidade de residentes que deixaram o país já se encontra na marca de dois milhões.

A agência de notícias russa Tass informou que Mikhail Mizintsev, chefe do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia, teria dado confirmações de que as forças russas “observariam um regime de silêncio” a partir de 10 horas de Moscou (equivalente a 4 horas de Brasília).

Os refugiados poderão passar pelos corredores humanitários na cidade de Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol, além da própria capital, Kiev.

O governo ucraniano, está preocupado com a possibilidade de que os corredores passem pelas fronteiras da Rússia ou Belarus, tendo já se oposto a tais condições anteriormente. No país, os russos já foram acusados de bombardear rotas de evacuação, em Mariupol, ao sul do território.


Crianças na fila de refugiados em direção à Polônia (Foto: Reprodução/LOUISA GOULIAMAKI/AF via R7).


A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, pediu para que a Rússia respeite o acordo. “Apelo à Federação Russa: você assumiu um compromisso público formal”, disse ela.

O presidente Volodymyr Zelensky acusa a Rússia de tortura:

“Os invasores atiram em rotas de evacuação. Eles bloqueiam a entrega de equipamentos essenciais e medicamentos ao povo. O que eles querem? Que os ucranianos tirem das mãos dos invasores. Isso é tortura deliberada e sistemática, organizada pelo Estado. É cruel com todos os cidadãos”.

Já no décimo quarto dia de guerra, os dois países ainda resistem fortemente a um acordo e a expectativa de resoluções permanece longe. Putin parece desejar que a Ucrânia aceite amplamente suas exigências, já Zelensky ainda se mantém confiante no apoio das forças ocidentais e principalmente da ONU.

 

Foto Destaque: Reprodução/Dimitar Dilkoff/AFP via Contacto

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