Defesa de Trump afirma que não buscará corte federal para julgamento

Nicolas Garrido Por Nicolas Garrido
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A defesa do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na última quinta-feira (28) que não tem a intenção de tranferir o processo criminal movido contra Trump para a esfera federal e planeja resolver as questões judiciais na Geórgia, estado onde Trump foi detido.

O republicano responde a acusações de tentar conspirar contra a legitimidade do resultados das eleições presidenciais estadunidenses, na qual foi derrotado pelo atual presidente Joe Biden, bem como tentar reverter ou anular de forma criminosa o resultado das mesmas. 

A prisão e julgamento de Trump

O ex-presidente Donald Trump se entregou para as autoridades de Atlanta, no estado da Geórgia, no dia 24 de agosto. Na ocasião, Trump pagou US$ 200 mil em fiança para responder em liberdade, porém teve as digitais coletadas e uma foto policial tirada. Foi a primeira vez, e única até o momento, que um presidente dos Estados Unidos tem tal registro. 


Foto policial de Trump, capturada no escritório policial do condado de Fulton, na Geórgia (Foto: Reprodução/Fulton County Sheriff’s Office)


Donald Trump é acusado, ao lado de 19 outros réus no caso, de investidas fraudulentas que buscavam o triunfo de Trump nas eleições presidenciais de 2020. As investigações iniciaram com o vazamento da ligação telefônica de Trump para Brad Raffensperger, secretário da responsável pelos trâmites eleitorais da Geórgia, pedindo para que ele arranjasse 12 mil votos a seu favor, que eram necessários para sua vitória no estado. Desde então, a Geórgia foi o foco principal dos discursos conspiracionistas de Trump, que não aceitava a derrota em um estado majoritariamente republicano.

O processo

A especulação de transferência do processo de Trump para a corte federal foi apontada devido à expectativa de um julgamento mais amistoso do que o vivenciado em Fulton, uma região de predominância democrata do estado. 

Além deste processo, Trump enfrenta outras quatro ações judiciais, incluindo uma em Washington decorrente da invasão do Capitólio, no dia 6 de janeiro de 2021, que pode torná-lo inelegível para as eleições presidenciais de 2024. Ademais, há outros dois processos criminais em Nova York e na Flórida, pelo mantimento de documentos oficiais do governo mesmo após o fim de seu mandato e pelo suborno de uma atriz pornô antes das eleições de 2016, respectivamente.

Trump tem também uma ação civil movida pela procuradora-geral de Nova York alegando que ele e sua empresa superestimaram o valor de seus ativos em bilhões de dólares para obter vantagem na obtenção de crédito e seguros.

Assim como no processo de Fulton, Donald Trump também reitera sua inocência nestes processos. Os promotores estão pressionando as autoridades a realizarem o julgamento de todos os 19 réus no dia 23 de outubro.

Foto destaque: Ex-presidente Donald Trump em um evento de sua campanha presidencial em Manchester, New Hampshire. Reprodução/ Reuters/ Brian Snyder

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