Déficit primário de julho é o segundo pior nas contas governamentais

Beatriz Lima Por Beatriz Lima
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Nessa quarta-feira (30), foi divulgado pela secretaria do Tesouro Nacional, um déficit primário nas contas do governo federal de R$ 35, 9 bilhões no mês de julho. De fato, esse resultado chama atenção pois é o segundo pior registrado desde quando foi iniciado em 1997.

Em julho do ano passado, um superávit de R$ 18,9 bilhões foi obtido nas contas governamentais. Em outras palavras, nesse mês em 2022, as receitas do governo superaram as despesas. Entretanto, a comparação com o resultado de 2023, é bem abaixo do esperado.


Dinheiro em destaque (Foto: Reprodução/Real Time)


Definição de um déficit primário

Dessa forma, um déficit primário pode ser definido como a divergência entre a arrecadação tributária e as despesas do governo. Além disso, dentro desse conceito, gastos e receitas públicas também são incluídos nos cálculos, sem acrescentar a remuneração dos juros do endividamento público, ou seja, ocorre um reparo monetário.

O pagamento de juros não é incluso no déficit primário pois não há relação de dependência com as ações governamentais durante o período, apesar da previsão de estarem comprometidos.

A principal função de um déficit primário é o ato de coletar as cobranças e os pagamentos que estão sendo controlados pelo governo. Aliás, o cálculo da sustentação da dívida pública arrecadada é beneficiado pelo déficit primário.

A comparação com o ano passado

Segundo informações divulgadas por David Rebelo Athayde, o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Tesouro Nacional, uma receita não recorrente favoreceu muito o ano de 2022, como os dados apresentam, porém em 2023 o mesmo não ocorreu. A drástica baixa nas receitas está diretamente relacionada com a diminuição no custo do petróleo.

Em comparação com os sete primeiros meses de 2022, houve uma queda de 5,3% nas receitas líquidas, visto que foi somado apenas R$ 1,09 trilhão até julho desse ano. O crescimento no ano passado foi de 8,7%, o que deixa 2023 em uma enorme desvantagem.

 

Foto Destaque: Dinheiro em foco. Reprodução/Migalhas

 

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