Nesta sexta-feira (24), o município de Gramado, no Rio Grande do Sul, decretou estado de calamidade devido às rachaduras que vêm aparecendo nas ruas da cidade. Na última quinta-feira (23), um prédio desabou no bairro de Três Pinheiros. Neste mesmo bairro, 120 famílias precisaram deixar suas residências, de acordo com o prefeito Nestor Tissot (PP). Ao todo, 546 pessoas estão fora de casa na cidade.
Rachaduras foram provocadas pela chuva
Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, o prefeito explicou a situação que vem atingindo Gramado. Ele disse que o local foi acometido de uma quantidade de água nunca antes vista ocasionada pelas fortes chuvas do ano: “muita quantidade de chuva durante o ano acumulada no solo. Chegou um momento em que ela disse ‘vou ter que sair, estão me prendendo aqui o ano inteiro’ e começou a sair”, afirmou.
Equipes da prefeitura de Gramado realizando trabalho para desobstruir a estrada da Linha Araripe, obstruída devido à queda de barreira (Foto: reprodução/Instagram/@prefeituradegramado)
Esse fenômeno, ainda segundo Nestor, é o responsável pelos desabamentos e rachaduras que têm acontecido na cidade.
Prédio que teve moradores desalojados desabou
No domingo (19), moradores do Residencial Condado Ana Carolina precisaram se retirar do imóvel após uma instabilidade no solo, pois o prédio tinha risco de desabamento. Na quinta-feira (22), o edifício realmente foi ao chão. Não houve nenhum registro de feridos na ocasião.
O prédio ficava na encosta do Vale do Quilombo, uma área verde próxima ao centro da cidade cujos picos chegam a 850 metros de altura. Ele era cercado de hotéis de luxo, e alguns dos apartamentos próximos estão avaliados em mais de 1 milhão de reais. O Residencial Condado Ana Carolina apresentava uma área total de 3363.64m², e era dividido em cinco pavimentos.
Foto destaque: em Gramado, prédio desabou na manhã da última quinta-feira (22) (Reprodução/Instagram/@prefeituradegramado)