Dentre os 73 detidos por suspeita de participação nos ataques em várias cidades do Rio Grande do Norte, 10 são foragidos da Justiça, dois são menores de idade e mais dois presos utilizavam tornozeleira eletrônica, segundo balanço feito pela polícia na manhã desta sexta-feira (17).
Ao menos dois suspeitos foram mortos em confronto com as forças de segurança, um no Rio Grande do Norte e o outro em João Pessoa, na Paraíba. Um dos mortos seria Wilson da Silva Filho, apontado pela polícia como um dos responsáveis pela onda de ataques. Ele estava escondido na capital paraibana e teve sua localização descoberta através de denúncias anônimas. Wilson era apontado como uma das cabeças do “Sindicato do Crime”.
Além dos suspeitos presos, também foram apreendidos objetos utilizados nos crimes, como: drogas, 20 armas de fogo, 62 artefatos explosivos, 2 carros, 10 motos, produtos roubados que foram recuperados pela polícia, dentre outras coisas.
Os ataques no Rio Grande do Norte começaram na última terça-feira, dia 14, levando pânico a população e atrapalhando o funcionamento de vários serviços públicos. Mesmo com o reforço de mais de 100 homens da Força Nacional, a população voltou a viver mais uma noite de violência nesta quinta-feira (16). Os atentados já ocorreram em 39 cidades nos últimos dias.
Homens da Força Nacional no Rio Grande do Norte. (Foto: Reprodução/Governo do Rio Grande do Norte)
Foram incendiados ônibus e caminhões e a circulação dos transportes públicos foi suspensa. Serviços como a coleta de lixo e o atendimento dos postos de saúde foram interrompidos. Universidades, escolas e comércio foram fechados por medo da situação.
Tudo isso pode ter sido motivado após, como noticiado pelo G1, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, orgão ligado ao Ministerio dos Direitos Humanos e Cidadania, ter encontrado evidências de torturas físicas e psicológicas, falta de alimentação, entre outras violações de direitos, em vistorias feitas em cinco presídios do Estado.
Segundo especulações, duas quadrilhas rivais, Sindicato e PCC, teriam dado uma “pausa” no conflito entre as duas, para juntas, reivindicar melhorias no sistema prisional através de ataques à população e aos serviços públicos.
Foto destaque: Ônibus incendiado por criminosos na Grande Natal. Reprodução/Inter Tv Cabugi – Pedro Trinadade