Dez mais ricos do país não divulgaram doações filantrópicas no Brasil

Beatriz Lacerda Por Beatriz Lacerda
3 min de leitura

O Monitor de Doações, uma iniciativa da Associação Brasileira de Arrecadadores (ABCR), que contabiliza doações diárias no valor mínimo de 3.000 reais, aponta que as dez maiores fortunas do Brasil não divulgaram nenhuma doação de filantrópica este ano.

No Brasil, não há muitas pesquisas que falam sobre doações de forma recorrente, sendo esse um dos motivos para que o Monitor acompanhe diariamente publicações sobre doação no país. Ele é atualizado diariamente pela ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, de acordo com notícias publicadas no Brasil sobre doações feitas ou por fazer neste ano por empresas, ou pessoas físicas.

Os dados são públicos, coletados diretamente na internet e organizados pela plataforma. A intenção do Monitor das Doações é proporcionar uma ferramenta que traz uma melhor percepção de como é a generosidade no Brasil, sendo o valor de doações feitas um importante número para alcançar essa conscientização social.

O objetivo é consolidar e conhecer os números das doações realizadas no país, promovê-las e inspirar ainda mais doações. Nós não realizamos a intermediação entre doadores e organizações, e não fiscalizamos. A responsabilidade por realizar a doação anunciada é de cada doador, pois não há a intermediação para o monitoramento entre os doadores e organizações.

A pesquisa considerou os dez maiores bilionários brasileiros publicados recentemente pela revista Forbes, liderada por Jorge Paulo Lemann. Claro, a plataforma só pode rastrear doações divulgadas publicamente – é possível (ou mesmo provável) que os bilionários pesquisados ​​tenham sido cautelosos com sua generosidade e não tenham relatado suas doações.


Foto: Lia Maria Aguiar (Reprodução/Divulgação/Fundação Lia Maria Aguiar)


Este ano, cerca de 600 milhões de reais foram doados à plataforma por 130 pessoas ou empresas. A Petrobras é de longe a maior doadora deste ano, anunciando uma doação de 280 milhões de reais. Entre as pessoas físicas, a brasileira que mais contribuiu foi a herdeira do Bradesco, Lia Maria Aguiar, doando 40 milhões de reais.

Lia Maria criou a ‘Fundação Lia Maria Aguiar’, que tem foco na “educação, cultura, meio ambiente e inclusão social; e vem presenteando a população jordanense com projetos socioculturais e motivacionais desenvolvidos através da arte, considerada por Lia Maria Aguiar um poderoso fator transformador para uma sociedade que almeja condições mais igualitárias”.

Foto destaque: João Paulo Vergueiro, diretor da ABCR, em palestra (Reprodução/Divulgação)

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