É essencial uma transfusão de sangue segura para o tratamento de pessoas que sofrem de uma série de doenças ou vítimas de acidentes, sendo também essencial no tratamento de pessoas que sofrem de uma série de doenças ou vítimas de acidentes, desastres naturais e conflitos armados.
O Dia Mundial do Doador de Sangue, é celebrado nesta terça-feira (14), e promove a conscientização sobre a importância da doação para a saúde pública.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a necessidade de sangue é universal, mas que o acesso ainda é limitado , principalmente em países de baixa e de média rendas, onde a escassez afeta particularmente mulheres e crianças, que pelas pesquisas são as pessoas que mais precisam de sangue.
A médica hematologista do Hospital Anchieta de Brasília, Jackeline Felix, explica que doar sangue é um processo fácil, rápido e seguro. Desde o início da pandemia de Covid-19, os bancos de sangue se adaptaram para evitar aglomerações.
Dia Mundial do Doador de Sangue, é celebrado nesta terça-feira (14). Foto destaque: LightField Studios/Shutterstock
Para os médicos é atribuído a falta de doadores aos diversos aos mitos sobre a doação. Como por exemplo o medo da dor, acreditar que não se encaixa no perfil de doador e a pandemia também contribuem para afastar as pessoas dos hemocentros.
“Motivos sazonais como as férias escolares de meio do ano e alta temporada de viagem, o aumento de doenças respiratórias com a chegada do frio e da seca, além da pandemia da Covid-19, fazem com que as pessoas fiquem mais em casa e deixem de ir aos bancos de sangue. Todos esses fatores levam à redução das doações”, explica Jackeline.
A médica explica que o processo de doação é seguro e pode ser realizado sem prejuízos à saúde do doador. “A coleta de bolsas de sangue é feita com material descartável, estéril e com produtos registrados na Anvisa. A doação propriamente dita, a coleta, não dura mais de 15 minutos. É necessária a observação do doador por alguns minutos, antes da sua saída do banco de sangue, para verificar se não há quaisquer sintomas, como mal-estar, tontura e fraqueza”, explica.
Panorama global
A OMS divulgou informações atualizadas sobre o cenário global da doação de sangue. Das 118,5 milhões de doações coletadas globalmente, 40% delas são coletadas em países de alta renda, que abrigam 16% da população mundial.
Em países de baixa renda, até 54% das transfusões de sangue são administradas a crianças menores de 5 anos; enquanto em países de alta renda, o grupo de pacientes mais frequentemente atendidos tem mais de 60 anos de idade, representando até 76% de todas as transfusões.
Com base em amostras de 1.000 pessoas, a taxa de doação de sangue é de 31,5 doações em países de alta renda, 16,4 doações em países de renda média alta, 6,6 doações em países de renda média-baixa e 5,0 doações em países de baixa renda.
Um aumento de 10,7 milhões de doações de sangue de doadores voluntários não remunerados foi relatado de 2008 a 2018. No total, 79 países coletam mais de 90% de seu suprimento de sangue de doadores voluntários não remunerados; no entanto, 54 países coletam mais de 50% de seu suprimento de doadores familiares ou pagos.
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