Diplomata do governo vê Brasil como facilitador da paz

Pedro Léo Por Pedro Léo
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O chefe de assessoria especial da Presidência da República, Celso Amorim, esteve em Moscou na última quinta-feira (29) e participou de uma reunião com Vladimir Putin. O ex-chanceler acredita que o Brasil, junto com outros três ou quatro países emergentes, pode facilitar um processo de paz entre Rússia e Ucrânia.

O assessor evita usar o termo “mediador”, e relatou a Putin o interesse de Lula em auxiliar no processo. De acordo com ele, a prioridade é ter países que não estão envolvidos no conflito, seja militarmente ou emotivamente; Ele também diz ver tanto a China como potências Ocidentais ajudando nas tratativas: “É difícil imaginar que entre a China e não um europeu, ou até mesmo os Estados Unidos”. Amorim cita como possíveis parceiros a Índia, a África do Sul, a Indonésia e a Turquia. Para ele, deve-se primeiro estabelecer conversas e definir detalhes, e a própria decisão de iniciar negociações já é um passo grande.


Celso Amorim, chefe de assessoria especial de Lula. Wilson Dias/Agência Brasil


Amorim logo depois também seguiu para Paris, em meio a protestos e uma greve de trabalhadores contra a reforma da previdência, que paralisou uma série de serviços públicos como a coleta de lixo. Na cidade, ele teve uma reunião com Emmanuel Bonne, principal conselheiro diplomático do presidente Emmanuel Macron, na embaixada do Brasil. De acordo com ele, os franceses se mostraram dispostos a ouvir, apesar de não concordarem com a tentativa de diálogo.

O presidente Lula visitará Xi Jinping, atual líder chinês, em Pequim, e as tentativas de paz devem ser um dos assuntos que serão tratados na reunião. Xi, que esteve com Putin em março, foi criticado ao divulgar um conjunto de 12 pontos para a paz na Ucrânia. O Brasil, a Rússia e a China fazem parte do BRICS, bloco que também conta com a Índia e a África do Sul, e mantém uma relação amigável comercialmente e diplomaticamente.

 

Foto destaque: Vladimir Putin, presidente da Rússia. Gavriil Grigorov/Sputnik

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