De acordo com o diretor da agência reguladora Aneel, Hélio Guerra, a bandeira verde nas contas de energia (que isenta os consumidores de taxa extra), pode se estender até 2024. O motivo se deve aos altos níveis dos reservatórios de hidrelétricas, que foram abastecidos com as chuvas dos últimos meses. O diretor também apontou a ampliação da oferta de energia, para o fator da manutenção da bandeira verde.
“O ONS conhece bem esse ambiente, e o ambiente é confortável para 2023 e 2024. Estamos com todos os reservatórios cheios e continua chovendo, o que nos dá esse conforto”, disse Guerra à Reuters.
Outro diretor, dessa vez o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luis Carlos Ciocchi, em entrevista a Reuters, disse que as condições atuais apontam para que não haja cobrança adicional em nenhuma conta de energia este ano.
O motivo da relação do alto nível das hidrelétricas com a bandeira verde de energia, se deve a 60% da energia elétrica no Brasil, ser gerado a partir de hidrelétricas. A previsão é que estes reservatórios acabem apenas no fim do período úmido, em abril. Porém, mesmo durante o período seco, a estimativa é que o estoque de água de represas, possa chegar em seu melhor patamar desde 2007. Além disso, outro período chuvoso, em novembro, manterá os níveis das hidrelétricas tranquilos.
Nesta imagem é explicado como funciona as bandeiras na cobrança de energia (Reprodução/Agência Brasil)
Para além da energia a partir de água, Guerra também destacou o incremento em condições renováveis de energia, que acontecerá ainda este ano. “Temos mais de 20 gigawatts em eólicas no país, temos mais entrando e quantidade alta de fotovoltaica e geração distribuída, que já representa cerca de 9% nossa matriz”, declarou o diretor da Aneel.
Até então, a geração eólica já possuía uma capacidade de geração de aproximadamente 25,6 gigawatts. E ainda existe também a energia solar, que por sua vez, tem um parque de 27 gigawatts (somando geração própria e distribuída), e que este ano, poderão ser adicionados 10,1 GW, sendo 5,5 GW de geração distribuída (em telhados e pequenos terrenos), segundo a associação Absolar.
Foto destaque: Linhas de transmissão de energia. Reprodução/Freepik
