Donald Trump é acusado em investigação envolvendo documentos confidenciais

Rodrigo Salzano Por Rodrigo Salzano
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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na última quinta-feira (8) que foi formalmente acusado por autoridades na investigação federal de ter manuseado documentos confidenciais do governo em sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida, após deixar a presidência. Segundo o “The New York Times”, Trump é o primeiro ex-presidente do país a receber acusações federais.

Apresentado pelo Departamento de Justiça dos EUA, o processo criminal é um outro empecilho legal para o político na sua tentativa de reconquistar a presidência em 2024. O empresário também enfrenta um processo criminal em Nova York, que só deve ir a julgamento em março do próximo ano.


Donald Trump é acusado em investigação de documentos confidenciais (Foto: Reprodução/Getty Images)


Em sua plataforma chamada Truth Social, Trump culpou Biden pelo ocorrido. “A administração corrupta de Biden informou a meus advogados que fui indiciado, aparentemente pelo embuste do Boxes”, comentou. Ele também afirmou que vai comparecer ao tribunal na próxima terça-feira (13), na cidade de Miami. “EU SOU UM HOMEM INOCENTE!”, finalizou Trump.

Nenhum dos lados se manifestaram publicamente. Os advogados de Trump não responderam a um pedido de comentário da Reuters e um porta-voz do procurador especial Jack Smith, que está conduzindo a investigação pelo Departamento de Justiça, também se recusou a comentar o caso.

A fonte, sob condição de anonimato, afirmou que Trump enfrenta sete acusações no âmbito federal e que elas ainda não foram divulgadas oficialmente. O ex-presidente e seus assessores já estavam se preparando para uma possível acusação no caso dos documentos confidenciais, já que os promotores envolvidos na investigação foram vistos no tribunal de Miami na última semana, segundo a Associated Press.

Na última quarta (7), os procuradores federais haviam notificado o ex-presidente de que ele estava na mira da investigação do caso, divulgou a imprensa norte-americana. O Departamento de Justiça notifica os alvos de uma investigação para que possam juntar as suas próprias evidências que podem provara a sua inocência se o caso prosseguir.

Em agosto de 2022, os investigadores apreenderam cerca de 13 mil documentos em uma das casas de Trump, na Flórida. Cem desses estavam marcados como sigilosos. O ex-presidente já defendeu a retenção dos documentos, afirmando que, quando ainda ocupava o cargo, ele tirou o sigilo dos arquivos. No entanto, Trump nunca apresentou evidências de que ele realmente tirou o sigilo dos documentos.

 

Foto destaque: Donald Trump. Reprodução/Marco Bello/Reuters

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