Eduardo Bolsonaro tenta agredir deputado na Câmara

Ana Júlia Silveira Por Ana Júlia Silveira
3 min de leitura

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se envolveu em uma discussão acalorada com o também deputado Dionilso Marcon (PT-RS) durante a participação de ambos na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19).

O clima esquentou quando Marcon afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro simulou a facada que sofreu em 2018. Eduardo, filho do ex-presidente, reagiu imediatamente, protestando contra a afirmação do deputado petista.

A discussão se agravou quando Eduardo xingou Marcon: “Vai se fuder seu viado. Seu puto!”. Ameaças de agressão também foram ditas pelo deputado do PL: “Te enfio a mão na cara e perco o mandato. Perco o mandato, mas com dignidade, coisa que você não tem. Filho da puta”.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>AGORA: Eduardo Bolsonaro parte para cima e xinga deputado que falou que a facada no seu pai era fake.<br><br> <a href=”https://t.co/XqoValqNGK”>pic.twitter.com/XqoValqNGK</a></p>&mdash; CHOQUEI (@choquei) <a href=”https://twitter.com/choquei/status/1648726004049772544?ref_src=twsrc%5Etfw”>April 19, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Confira o vídeo do momento da discussão. Reprodução / Twitter / @choquei


Os ânimos ficaram tão exaltados que foi necessária a intervenção de outros colegas para evitar uma agressão física. Marcon afirmou ao UOL que ele ficou com medo porque, de acordo com o petista, Eduardo “sempre está armado”.

A Comissão de Ética da Casa será acionada contra Eduardo, de acordo com Marcon. Segundo o petista, ele sofreu ofensa parlamentar e também pediu a gravação das falas do deputado do PL.

Vale ressaltar que a Polícia Federal já investigou o caso da facada sofrida por Jair Bolsonaro e concluiu que não houve simulação.

É importante lembrar o caso da facada. Bolsonaro sofreu um atentado durante a campanha presidencial quando estava em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro de 2018. O responsável pela facada foi Adélio Bispo de Oliveira, ele foi preso em flagrante e chegou a confessar o crime. Segundo dois inquéritos da Polícia Federal, Adélio agiu sozinho, mas ele não pode responder pelo crime por sofrer de transtorno delirante persistente. No entanto, ele está preso há cinco anos no presídio federal de Campo Grande.

Além disso, em uma terceira investigação aberta pela Polícia Federal, após Bolsonaro questionar as investigações, foi citada uma possível relação da facção criminosa PCC com pagamentos para a defesa de Adélio, como revelou hoje a Folha de S.Paulo.

Foto Destaque: Eduardo Bolsonaro. Reprodução / Instagram.

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