El Niño promete primavera quente e alerta para incêndios florestais

Ágatha Pereira Por Ágatha Pereira
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A primavera chega no dia 23 de setembro, trazendo com ela o fenômeno El Niño e uma onda de calor extrema, além do aumento do risco de incêndios no Cerrado, no Pantanal e em parte da Amazônia. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a partir de setembro há um “mergulho em terreno desconhecido”.

Previsões

De acordo com uma previsão calculada pela Agência de Atmosfera e Oceanos dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês), há 95% de certeza de que o El Niño se prolongue até fevereiro de 2024. Com o calor extremo e a seca, há um aumento do risco de incêndio.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) divulgou dados em reunião mensal de avaliação e previsão de impactos, no dia 15 de agosto, que mostram que 493 municípios brasileiros estão em nível de alerta alto e 546 em nível de alerta. Há também 75 áreas de proteção em alerta alto e 136 em alerta para incêndios, totalizando uma área de 1,5 milhão de quilômetros quadrados sob risco de incêndio.

Áreas de risco

O Centro-Oeste, parte de Minas Gerais, da Amazônia e do Nordeste estão nas áreas de risco. Apesar da cheia ter voltado graças às chuvas do ano passado, o Pantanal também se encontra em risco de incêndio, pois há matéria orgânica no solo para queimar.


Previsão para municipios do Brasil, de acordo com a Cemaden. (Reprodução/G1)


A região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, foi palco de grandes queimadas nos últimos dois anos como consequência do desmatamento. Este ano, o desmatamento acumulado até julho teve um aumento de 20% quando comparado com o ano de 2022.

Previsão mundial

O El Niño de 2023, quando comparado ao de 1997, o mais intenso do século passado, preocupa os cientistas. O que caracteriza o El Niño é o aumento da temperatura no Pacífico Equatorial, mas, este ano, há também o aumento da temperatura em todos os oceanos.

Água quente no mar simboliza problemas em terra, como aumento do calor e tempestades. Os cientistas ainda não conseguem dizer quais serão as consequências oceânicas que irão se manifestar nos próximos meses. 

 

Foto destaque: El Niño chega com alertas para incêndios florestais. Reprodução/Brasil de Fato.

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