Eleições: Brasil chega ao grande dia em suspense entre 2º turno e possível resultado ainda hoje.

Nicolas Pegorare Por Nicolas Pegorare
3 min de leitura

Eleição histórica pode contar com ineditismos e definir resultados ainda hoje.

Mas os fatores históricos vão além de uma possível decisão precoce. Por exemplo, em nove eleições presidenciais disputadas sob regime democrático, é a primeira vez que um ex-presidente e um presidente em exercício atualmente se enfrentam nas urnas.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL) são os candidatos líderes populares das pesquisas brasileiras. Com um misto de idolatria e rejeição, os nomes têm estado na boca do povo há décadas, antes mesmo da eleição de Bolsonaro, em 2018.

Porém ainda existem outros candidatos, ofuscados pela polarização dos brasileiros divididos entre os dois políticos. Além de Lula e Bolsonaro, ainda temos na disputa do maior cargo do poder executivo; Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil), Padre Kelmon (PTB) e Felipe D’Ávila (Novo). Existem mais em disputa, mas estes são os principais.


Candidatos; Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet. Foto: Reprodução/ Ilustração Crisvector


Mas mesmo com as oscilações nos números dos principais candidatos, ainda há uma dúvida pendente sobre uma possível decisão ainda em primeiro turno. Com 51% dos votos válidos segundo Ipec e 50% segundo Datafolha, Lula pode fechar a disputa e garantir seu terceiro mandato. Com o crescimento dos movimentos Antipetismo, o candidato e seu partido sofreram reveses nos últimos anos, a consolidação de sua candidatura (e possível vitória) se deu em uma estratégia em que Lula mudou seu foco. Em vez de apresentar propostas, o ex-presidente focou na defesa de seus antigos mandatos e em suas alianças, firmando parcerias até mesmo com partidos inesperados, declarando apoio a adversários do PSDB e da direita tradicional e a membros do mundo jurídico e sociedade civil.

Já Bolsonaro viu seu cenário mudar. Em 2018, ao construir sua campanha virtualmente, Jair se aproveitou também do clima antipolítico dado ao governo Dilma e ao Antipetismo, porém o ex-militar descobriu que governar fora da normalidade, em meio a uma pandemia negligenciada, foi mais outro tipo de evento desportivo para ele. Com isso, sua rejeição começou a crescer. Má gestão pandêmica, denúncias de corrupção, maus índices de economia, demissão de ministros, fechamento de ministérios… Tudo é componente decisivo para a vontade popular.

 

Foto de Destaque: Lula e Bolsonaro Reprodução/Instagram @mercadohoje_uai

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