Neste sábado (7), Emmanuel Macron, presidente da França, foi empossado em uma cerimônia simples, mas significativa, no Palácio do Eliseu, em que ele frisou a importância de “agir”, dias antes de iniciar o seu segundo mandato.
Macron é o quarto presidente reeleito durante a Quinta República, sua posse seguiu a mesma linha dos seus antecessores, sem sair do Eliseu. A cerimônia é televisionada e sua transmissão é feita por todos os principais canais.
Ao som do Concerto para Oboé de Handel, às 11 horas (6 horas em Brasília), Emmanuel Macron entrou no mais prestigioso salão de festas do palácio.
Laurent Fabius, presidente do Conselho Constitucional, declarou, no dia 27 de abril, sua vitória no segundo turno com mais 58% dos votos, ele concorria contra a candidata Marine Le Pen, de extrema-direita. Após isso, Macron recebeu o colar Grão-Mestre da Legião de Honra.
Emmanuel Macron recebendo o colar Grão-Mestre da Legião de Honra. Foto: Reprodução/Gonzalo Fuentes/REUTERS
Para iniciar o seu discurso ele disse estar “ciente da gravidade dos tempos”, referindo-se a guerra da Ucrânia, para as cerca de 450 pessoas convidadas, ressaltando a importância de “agir incansavelmente“.
Marcaram presença no evento sua família, seu primeiro-ministro Jean Castex, líderes das duas câmaras do Parlamento, seus antecessores Nicolas Sarkozy e François Hollande, entre outros.
O presidente francês falou que irá presidir com “um novo método”, levando aos jovens “um planeta mais habitável e uma França mais viva e mais forte“.
Ao som da Marselhesa, e também da peça “Terre et mer” de Bagad de Lann-Bihoué, tocada em homenagem aos soldados que morreram na operação de Sahel, Emmanuel Macron foi ao pátio para revistar as tropas.
Serão disparados 21 tiros de canhão da Esplanada dos Inválidos, seguindo uma tradição que relembra o Antigo Regime.
O novo mandato se iniciará somente 14 de maio, sua duração é de 5 anos. Ele fará a nomeação do novo primeiro-ministro apenas depois, as eleições para o legislativo devem ocorrer um mês depois.
Aparentemente, Macron está com dificuldades para encontrar a pessoa ideal para liderar o governo. Véronique Bédague, atual diretora-gerente do grupo imobiliário Nexity e ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro socialista Manuel Valls, tudo indica que recusou o convite. Da mesma maneira que Valérie Rabault, deputada socialista, que indicou ter sido cogitada para o cargo, porém recusada pelo fato de discordar da aposentadoria com 65 anos.
No entanto, o Palácio do Eliseu disse que “o presidente não ofereceu o cargo de primeiro-ministro a ninguém“.
Emmanuel Macron, no domingo, marcará presença nas cerimônias que representam o aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista em 8 de maio de 1945.
Na segunda, ele fará um discurso no parlamento europeu, em Estrasburgo, antes de viajar para Berlim, onde encontrará o chanceler alemão Olaf Scholz, essa será sua primeira viagem ao exterior após ter sido reeleito.
Foto destaque: Reprodução/ Ludovic Marin/AFP
