O Conselho de Administração da Eletrobras liberou o alvará para a retomada das obras de Angra 3, o negócio foi firmado entre a subsidiária Eletronuclear e o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz. O consórcio vencedor da licitação das obras pagará cerca de R$ 300 milhões para a construção do prédio do reator e de outros prédios de segurança.
Segundo comunicado da Eletrobras: “Entre as principais medidas que constam no Plano de Aceleração do Caminho Crítico está a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3. Além disto, será feita uma parte importante da montagem eletromecânica, que inclui o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste semipórtico.”
A Eletrobras ainda anuncia que realizará outra licitação para contratar a empresa ou o consórcio que vai finalizar as obras civis e a montagem eletromecânica da usina.
Usinas Nucleares Angra 1 e Angra 2 (Foto: Reprodução CNN)
A conclusão das obras, iniciadas em 1984, estão paradas há seis anos e tem previsão para 2026, de acordo com declarações de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia.
Eletronuclear projeta que a conclusão das obras da usina custará R$ 17 bilhões, o valor é maior que os orçamentos de 24 capitais brasileiras aprovados para 2022, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro segundo um levantamento da CNN. (Valor que pode ser atualizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela elaboração do edital para a licitação.)
Ainda não foi anunciada a data para reinício das obras. Angra 3 está 65% concluída e até o momento, já demandaram investimentos de R$7,8 bilhões.
Atualmente, o Brasil tem duas usinas nucleares em operação, ambas em Angra dos Reis , a Angra 1 e Angra 2 são responsáveis por gerar 1,1% da energia do Sistema Interligado Brasileiro (SIN).
Foto Destaque: Usina nuclear de Angra 3. Divulgação/Governo Federal