Em meio à queda nas doações, 65 mil pessoas aguardam por órgãos no país

Thaline Silva Por Thaline Silva
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O Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de países que mais realizam transplantes. São 600 hospitais autorizados para fazer esse tipo de procedimento. O Ministério da Saúde traz dados apontando que mais de 80% dos transplantes de órgãos feitos no país vêm de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde. O país possui uma central nacional e 27 centrais estaduais de transplantes, além de 648 hospitais, 1.253 serviços e 1.664 equipes aptas para executar os procedimentos necessários. 

Vale ressaltar que as doações podem ser de dois tipos: órgãos ou tecidos. Os órgãos correspondem ao pulmão, pâncreas, fígado, rim e o coração. Os tecidos recebidos são córneas, ossos, pele, válvulas cardíacas, medula óssea, cartilagem, cordão umbilical e sangue. Alguns desses órgãos podem ser doados em vida, como é o caso de parte do fígado, medula óssea e rim. Porém, o paciente só pode receber transplante do restante dos órgãos citados nessa lista, quando uma parada cardiorrespiratória ou morte encefálica de um possível doador é confirmada. 

Os pacientes precisam ficar no aguardo dos órgãos numa lista única que é organizada pela Central de Transplantes, e cada estado possui uma gestão própria, que é subordinada pelo Sistema Nacional de Transplantes, que por sua vez, tem coordenação do Ministério da Saúde. 

Queda no número de doações

Apesar de estar bem posicionado no ranking de países que realizam doações de órgãos, houve uma variação negativa na taxa de procedimentos. É o que revelam números divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, essa queda se deve à perda no percentual de efetivação de doação. No período de janeiro a março do ano passado, a taxa de notificação de doadores de com grande potencial, caiu em 1,7%, já a taxa de efetivação de doações teve queda de 6,9%. Essa queda está ligada ao fato de que  as famílias se encontram menos dispostas em dar autorização para a doação e isso criou uma estatística de 46% de familiares que se opõem ao procedimento. 

No ano de 2012, passou a vigorar uma legislação nova que prevê que cabe aos familiares a decisão pela doação de órgãos. Assim que declarado o óbito do paciente, a família encontra-se no direito de ser informada sobre a possibilidade de haver a doação. A melhor forma de conseguir convencer os familiares sobre uma atitude tão importante é apenas quando todas as dúvidas são respondidas e essa família se sente realmente acolhida. 

Fausto Silva e a espera por um coração 

O apresentador de 73 anos está internado há 16 dias e agora aguarda por um transplante de coração. Em nota divulgada pelo hospital Albert Einstein, e assinada pelo médico Fernando Bocal, informa que Faustão encontra-se sobre cuidados intensivos, está em diálise e precisando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração. O comunicado afirma que o paciente já foi incluído nessa fila unica de transplantes, regida pela secretaria de saúde do estado de São Paulo, que leva em consideração para priorização fatores como: tempo de espera, tipagem sanguínea e gravidade do caso. 


Faustão (Foto: Reprodução/ RD1) 


Em entrevista à CNN Brasil o filho do apresentador, João Guilherme Silva, contou que o passou a noite com o pai e que ele está bem e que agradece pelo carinho de todos. 

 

Foto destaque: Cirurgia de transplante. Reprodução/gpointstudio/Freepik

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