Entenda a tecnologia por trás do submersível desaparecido

Thaís Monteiro Por Thaís Monteiro
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Na última sexta-feira (16), cinco pessoas partiram a bordo de um submersível chamado TiTan a uma expedição ao Titanic partindo da região de Newsfoundland, no Canadá e o submersível parou de se comunicar e desapareceu no domingo (18), cerca de 1 hora e 45 minutos após descer aos destroços do navio. O submersível possui uma tecnologia que utiliza propulsores elétricos, sistema de comunicação via satélite e um controle similar ao de um videogame.

Os visitantes desembolsaram a quantia de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,1 milhão na taxa de câmbio atual) pelo passeio. Entre eles estavam o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood, o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, o oceanógrafo francês Paul-Henry Nargeolet e o fundador da OceanGate, a empresa privada que comandava a expedição, Stockton Rush

O submersível não possuía GPS e a quase quatro quilômetros da superfície, a tripulação mantinha contato com um navio de controle para saber onde ir e guiar o submersível através dos botões do joystick do controle, na escuridão do Oceano Atlântico.


Controle que pilotava submersível que desapareceu. (Foto: Reprodução/G1)

Em uma postagem a OceanGate declarou quatro dias antes do desaparecimento do submersível. “Sem torres de celular no meio do oceano, contamos com a Starlink [empresa do bilionário Elon Musk] para fornecer as comunicações necessárias durante a Expedição Titanic de 2023 deste ano” 

O Capitão de Mar e Guerra Luiz Eduardo Cetrim Maciel, Comandante da Base de Submarinos da Marinha em Niterói (RJ) explicou como era realizado o contato com a tripulação .

É transmitida uma mensagem de texto via satélite para dizer que o submersível está operando em segurança” 

De acordo com o comandante Cetrim, diferente dos submarinos que não precisa de não precisam do monitoramento apenas um mastro de comunicação fora da água, os submersíveis precisam de um navio de controle que os acompanha da superfície, para guiá-los ao destino e se localizar dentro do mar, já que o GPS não funciona embaixo do mar. 

Quando tem essa perda de comunicação com o navio, a gente já parte do princípio de que ocorreu algum acidente. A análise é de que eles não poderiam continuar a expedição sem a comunicação”, explica Cetrim. 

Já o equipamento semelhante ao um controle de videogame é comum em submarinos, inclusive na Marinha do Brasil, e os botões do controle direcionam o submersível: 

Nos nossos submarinos alemães, mais antigos, o controle é igual ao manche de um avião, controla a profundidade e o rumo. Nos mais novos, os franceses, é um equipamento mais moderno que se assemelha ao joystick. Não impacta na confiabilidade desse submarino, é simplesmente uma concepção mais moderna”, afirma Cetrim 

De acordo com o portal da OceanGate o Titan conta com quatro propulsores elétricos Innerspace 1002, e até agora ele ainda não foi localizado, mas as operações de busca continuam.

Foto Destaque: Submarino que desapareceu. Reprodução/G1
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