Com inúmeros casos de apagões que levam a cortes na produção de fábricas, culminando ao baixo rendimento da economia chinesa, o impedimento das autoridades chinesas contra o uso de carvão para tornar o país neutro em carbono tem feito o país enfrentar uma crise muito grave. Há muito investimento em matrizes de energia renovável, mas com a demanda de eletricidade em alta, a contínua dependência de carvão para atender a demanda das usinas, leva o valor do carvão as alturas.
Não se registrava tamanho crescimento no índice de preços ao produtor em relação ao valor do mineral segundo a empresa Eikon Refinity, que atualmente, encontra-se em 13,5% em outubro em relação a 2020. Houve também o aumento de 1,5% em outubro em relação a 2020 em relação ao Índice de Preços ao Consumidor, com o aumento acelerado desde setembro de 2020.
Isso levou a redução de lucro nas empresas chinesas, que pode levar a demissões nas empresas e a diminuição nas produções, como aconteceu com a Apple, Tesla e Toyota, forçadas a diminuir suas atividades por conta das exigências do governo em relação ao uso de energia.
(Imagem: Reprodução/Sydney Morning Herald)
Esses fatores, somado a crise no transporte marítimo, também afetado, já que a importação de produtos da China encontra dificuldades em realizar as entregas porque os portos estão parados, causando o atraso em desembarcar as mercadorias, mercadorias essas, vendidas em sua maioria em comércio online, que aumentou globalmente durante a pandemia, pode afetar todo o mundo, aumentando o valor dos produtos não disponíveis cujo não foram entregues.
Segundo a CNN, Ken Cheung, estrategista-chefe de divisas do Mizuho Bank comentou: “A ambiciosa meta de neutralidade de carbono coloca pressão persistente sobre os preços das commodities, que serão repassados às empresas” e que “alimentando a pressão ascendente sobre a inflação global”, em relação a inflação crescente dos produtores.
Imagem em destaque: Reprodução/EAIE