O Ministério da Agricultura aponta um erro em identificação de lotes de substâncias tóxicas que pode ter matados cães.
As investigações do caso apontaram que a contaminação dos petiscos, que internou e matou mais de 100 cães em todo o território nacional, foi causada por um erro na identificação de monoetilenoglicol, substância altamente tóxica e proibida na alimentação animal, confundido com lotes de propilenoglicol, que é permitida na indústria alimentícia, tanto humana quanto animal.
A informação foi repassada ao Mapa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no último sábado (2019).
Em nota, a pasta diz: “A incorreção desta identificação levou ao uso de produto extremamente tóxico na fabricação de petiscos, em quantidades muito acima das doses que são consideradas fatais”.
Cachorro comendo petisco. Reprodução/Pixabay
O Mapa recolheu, em outubro, os produtos de seis empresas após detectar dois lotes de propilenoglicol contaminados com monoetilenoglicol. São essas: Bassar, FVO Alimentos, Peppy Pet, Upper Dog, Petitos e Pets Mellon.
O Ministério da Agricultura realizou 120 fiscalizações em comerciantes, fabricantes e distribuidores. Foram identificadas cinco empresas fornecedoras de propilenoglicol: A&D Química, Atias MIhael, Bella Dona Produtos Naturais e Saber Química.
A empresa responsável pela identificação incorreta dos lotes de monoetilenoglicol e propilenoglicol não foi identificada pela pasta. O Mapa informou que, até o dado momento, nenhuma empresa foi interditada. A Bassar havia sido fechada, mas ao fim de outubro, retomou suas operações normalmente. A empresa afirma que o governo “atestou que o processo de produção da Bassar segue todas as normas de qualidade e segurança”, por isso habilitou a companhia a retomar todos os seus processos de produção, a todo vapor.
Até o momento, os dados atualizados no dia 8 deste mês, das investigações da Polícia Civil, foram confirmadas, até agora, em Minas Gerais, 14 mortes em Belo Horizonte e quatro no interior do estado.
Foto de destaque: Pote de petiscos. Reprodução/Pixabay