Foi confirmado no estado do Espírito Santo o primeiro caso de uma nova sublinhagem da Covid Ômicron, o XBB.1.5. Segundo a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz, esse foi o primeiro caso confirmado em solo brasileiro.
Foi descoberta a variante quando um paciente que continuava com sintomas de gripe mesmo após negativar no teste de antígeno e procurou um médico. Como os sintomas não pasavam, foi feito uma análise de uma amostra do paciente, analisada no RT-qPCR.
O laboratório responsável por fazer a vigilância genômica (monitorar se há organismos causadores de doenças e se há evolução ou mutação dos mesmos), é o LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública).
Rodrigo Ribeiro Rodrigues, diretor do LACEN, afirmou em entrevista: “Entre os principais papeis da vigilância genômica está o alerta para a presença de variantes que ainda não foram detectadas por aqui ou até mesmo aquelas desconhecidas. No Espírito Santo, a vigilância genômica atua independente do cenário que a Covid-19”
Representação do vírus de Covid-19 com mutação. (Imagem: reprodução/coronavirus.msf.org.br/Shutterstock)
Em novembro, foi detectada pela Rede de Alerta de Variantes do Buntantan, o primeiro caso das variantes de sublinhagens da ômicron: XBB.1 e XBB.2.1.1.
A variante ômicron surgiu em 2021, e superou as demais ramificações da Covid-19: A Alfa, Beta, Gamma e Delta. A ômicron é atualmente dominante no mundo desde sua aparição.
No Imperial College London, a professora Wendy Barclay diz que a variante da ômicron XBB.1.5 possui uma mutação que o permite recuperar a capacidade de se ligar as células, e ainda o permite “driblar” o sistema imunológico e suas defesas, fazendo com que se prolifere com maior facilidade. Segundo Wendy, a mutação se chama F486P.
Atualmente, a variante XBB.1.5 é o predominantte no mundo, com mais de 40% dos casos de Covid detectados nos Estados Unidos são pertencentes a ramificação nova. Em dezembro de 2022, ele apresentava apenas cerca de 4% dos casos de Covid-19 versão ômicron.
Foto destaque: Amostra de sangue conttaminado com a variante ômicron. Reprodução/metropoles.com