Especialistas analisam manchas escuras em mão de rainha Elizabeth II

Caio Sergio Angelo Por Caio Sergio Angelo
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Em sua última aparição pública, Elizabeth II, que veio a óbito na quinta-feira (8), apareceu com manchas escuras em suas mãos e chamou a atenção. Na ocasião, na terça-feira (6), ela havia se encontrado com a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss.

O detalhe sobre as manchas na parte das mãos da monarca ficou ainda mais em evidência após a sua morte, cujo a causa oficial não foi divulgado.


Anúncio de falecimento da rainha Elizabeth II nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Instagram)


Manchas no corpo estão associadas a diferentes causas e condições de saúde, incluindo hematomas que consistem no acúmulo de sangue fora dos vasos sanguíneos. O problema pode afetar todas as faixas etárias e pode acontecer em qualquer parte do corpo. As principais são traumas ou lesões, que provocam manchas de tonalidades diferentes, como vermelha, azul, roxa ou até mesmo preta.

O médico geriatra Andrey Socolovitch, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, explica que a manifestação de hematomas é comum em pessoas idosas.

“Lesões arroxeadas são muito comuns na pele da pessoa idosa, isso acontece porque o e envelhecimento faz com que a pele fique mais fina e os vasos mais frágeis. Tudo isso provoca o aumento da chance desses vasos se romperem. Muitas vezes, a pessoa não percebe onde esbarrou ou bateu e, ao olhar em alguma parte do corpo, nota essas manchas arroxeadas”, afirma.

Segundo o especialista, os hematomas também podem ter relação com coletas de amostras para exames laboratoriais e a infusão de medicamentos diretamente na veia.

O médico afirma que na maioria dos casos a manchas desaparecem com o tempo. “Mas o idoso deve prestar atenção: quando essas manchas são extensas ou associadas a outro sinal de sangramento, ele deve procurar um atendimento médico o mais rápido possível”, diz.

A médica dermatologista Patrícia Holderbaum, da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção Rio Grande do Sul (SBD-RS), afirma que o diagnóstico correto permite determinar se são manchas inofensivas ou se necessitam de tratamento. “Algumas doenças sistêmicas e canceres de pele se comportam como manchas. Daí a importância de tratar suas manchas com um médico dermatologista. Ele fará uma anamnese e exame clínico e dermatoscópico detalhado e saberá se é uma mancha inofensiva ou algo que devemos nos preocupar”, afirma.

Com isso, para os especialistas, seria necessário o achado clínico completo para definir a causa exata da morte da rainha Elizabeth II. “É impossível associar de forma isolada a presença de manchas arroxeadas com qualquer causa de óbito”, afirma Socolovitch.

Foto destaque: Rainha Elizabeth II em sua última aparição pública. Foto: Reprodução/Instagram

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